sábado, 30 de outubro de 2010

DEUSA MORRIGAN, OU MORRIGU

Morrigan é uma das formas que toma a antiga Deusa Guerreira Badb. Morrigan ou Morrigu, Macha e Badb formam a triplicidade conhecida como as "MORRIGHANS", as FÚRIAS da guerra na mitologia irlandesa.

Morrigan, como todas as deidades celtas está associada as forças da Natureza, ao poder sagrado da terra, o Grande Útero de onde toda a vida nasce e depois deve morrer para que a fecundidade e a criação da terra possam renovar-se.

É também a Deusa da Morte, do Amor e da Guerra, que pode assumir a forma de um corvo. Nas lendas irlandesas, Morrigan é a deidade invocada antes das batalhas, como a Deusa do Destino humano. Dizia-se que quando os soldados celtas a escutavam ou a viam sobrevoando o campo de batalha, sabiam que havia chegado o momento de transcender. Então, davam o melhor de si, realizando todo o tipo de ato heróico, pois depreciavam a própria morte. Para os celtas, a morte não era um fim, mas um recomeço em um Outro Mundo, o início de um novo ciclo.

Na epopéia de Cuchulainn, "Tain Bó Cuailnge", em que se celebra a grande guerra entre os Fomorianos e os Tuatha De Danann, as três Deusas Guerreiras com forma de corvos são Nemain, Macha e Morrigu, das quais Morrigu é a mais importante. Segundo a análise que faz Evans Wentz da lenda, são a forma tripartida de Badb. Nemain confunde os exércitos do inimigo, Macha goza com a matança indiscriminada, porém é Morrigu quem infundiu força e valores sobrenaturais a Cuchulainn, que desse modo ganhou a guerra para os Tuatha De Danann, as forças do bem e da luz, e derrotou os obscuros Fomorianos, de igual modo que os deuses olímpicos venceram os Titãs.

MORRIGAN E CUCHULAINN

Cuchulainn é um herói do "Ciclo de Ulster", uma das mais antigas coleções irlandesas de lendas heróicas. Ele era um mortal, nascido para morrer, separado dos demais por características curiosas e anormais e destinado desde o princípio a um estranho destino.

Como humano, era como os heróis gregos, um Hércules irlandês, filho de um deus da guerra, Lugh do Longo Braço. Os elementos insólitos do aspecto de Cuchulainn era que tinha sete pupilas em cada olho, sete dedos em cada mão e sete dedos em cada pé. Suas bochechas eram pintadas de amarelo, verde, azul e vermelho. Seus cabelos eram escuros na raiz, vermelhos no meio e loiro nas pontas. Seguia carregado de adornos: cem enfiadas de jóias na cabeça e cem broches de ouro no peito. Esse era seu aspecto em tempo de paz e que aparentemente era muito admirado.

Quando era possuído pelo frenesi da guerra, mudava completamente. Girava dentro da sua pele, de modo que seus pés e joelhos ficavam para trás e as pantorrilhas e as nádegas ficavam na frente. Seus compridos cabelos ficavam eriçados e cem cada fio ardia uma faísca de fogo, uma labareda surgia de sua boca e no centro da cabeça brotava um arco de sangue negro. Um olho lhe caía até a altura da bochecha e o outro entrava para dentro do crânio; em sua fonte brilhava "a lua do herói". Seu frenesi era tão grande que tinham que submergi-lo em três tinas de água gelada para que pudessem fazê-lo retornar a sua temperatura normal.

Ainda menino, a força de Cuchulainn era enorme, pois aos sete anos matou o feroz cachorro de Cullan, o Ferreiro. Para expiar sua ação, se ofereceu para tomar o posto do cão e guardar o Ulster. Trocou o nome de batismo de Setanta para Cuchulainn, "Cão de Cullan" e guardou Ulster até sua morte.

Cuchulainn encontra-se pela primeira vez com Morrigu ainda menino, quando caminhava por um campo de batalha para encontrar o rei e seu filho.

A Deusa sobrevoa o campo em forma de corvo e faz troça dele dizendo:

-"Aquele que se sujeita a fantasma, não dará um bom guerreiro".

Cuchulainn por ser tão jovem, não reconhece a Deusa, mas percebe que está recebendo um incitamento à valentia.

O próximo encontro dos dois se dá quando Cuchulainn tenta retardar a chegada do exército da rainha Maeve. Desta vez, Morrigan surge na forma humana, apresentando-se como uma bela e sedutora jovem, dizendo-se apaixonada e disposta a casar com ele e compartilhar toda sua fortuna. Demonstrando obstinação por sua jornada heróica, ele a recusa. Não deixou-se portanto, envolver com a sutil sedução do seu inconsciente, para permanecer no âmbito que lhe era conhecido e familiar. Para Cuchulainn, ele deveria suportar o fardo da solidão. E, muito embora Morrigu continue insistindo, dizendo que poderia ajudá-lo em combate, ele responde:

-"Eu não vim até aqui por causa de um quadril de mulher."

Com essas palavras, traçou seu trágico destino, pois imaginava que seu pior inimigo estava à sua frente e, no entanto, o inimigo estava era dentro dele.

Em uma outra passagem, Cuchulainn, como guardador e protetor de Ulster, observa uma mulher que conduzia uma carroça. Ao seu lado caminha um senhor e uma vaca presa por uma corda. Ao abordá-los, indaga ao homem como conseguiram a vaca. Quem responde é a mulher e ele irritado retruca:

-"Uma mulher não deve responder por um homem."

Volta-se novamente ao homem e pergunta seu nome. A mulher volta a responder por ele e Cuchulainn, totalmente fora de controle salta em cima dela e aponta a lâmina de sua espada para a cabeça da mulher. Nervosa, ela explica que recebera a vaca como presente por ter recitado um belo poema e que recitaria para ele se saísse de cima dela. Cuchulainn ouviu a declamação dos versos e quando se prepara para voltar a atacar a mulher, percebe que a carruagem e a mulher haviam desaparecido e em seu lugar ficou um corvo pousado em um galho que lhe diz que está ali "guardando a sua morte". Dessa vez, têm consciência que é a própria Deusa Morrigan e que ela veio avisá-lo que sua morte é iminente.

Em um combate que se seguiu contra os soldados de Connacht, Cuchulainn foi atrapalhado por diferentes animais: primeiro uma vaca, depois uma enguia, e por fim uma loba. Todos os animais foram feridos com a espada de Cuchulainn, mas na verdade, todos eram Morrigan. Para curar-se das feridas, teve que disfarçar-se de anciã e pedir à Cuchulainn que ordenhasse sua vaca mágica. Ao receber das próprias mãos do herói três bocados do leite da vaca, curou-se de todos os ferimentos.

Antes de uma nova batalha contra os guerreiros de Connacht, Cathbad e Cuchulainn passeavam a margem do rio, quando avistaram a "Lavadeira do Vau", um tipo de mulher-fantasma que freqüenta as margens dos rios e arroios, chorando e lavando as roupas e as armas sujas de sangue, dos guerreiros que morrerão em combate.

Cathbad diz então:

-"Você vê Cuchulainn, a filha de Badb lavando seus restos mortais?" É o prenúncio de sua morte! Entretanto, Morrigan, talvez comovida com o trágico fim de Cuchulainn, desaparece com a carruagem de combate enquanto ele dormia. Mas nada o impedirá de ir de encontro ao seu já traçado destino.

No dia seguinte, no fervor da batalha, Cuchulainn gravemente ferido, amarra-se ao pilar de uma pedra e segue lutando. Quando está próximo da morte, Morrigan aparece pela última vez, agora como um corvo que pousa no ombro do valente herói e depois salta ao solo para devorar as vísceras do corpo dilacerado de Cuchulainn.

Na véspera da Segunda Batalha de Moytura, também o rei líder dos Tuatha De Danann, Dagda, encontra Morrigan no vau do rio Unshin, lavando as armas ensangüentadas e os cadáveres dos que viriam a tombar no dia seguinte.

A Deusa então dá a Dagda informações sobre o combate, revelando seus dons proféticos. Igualmente, dá provas de coragem e poder quando afirma que ela mesma arrancará o coração do seu inimigo Fomoriano. Em pagamento, Dagda sacia seu apetite sexual, unindo-se a ela ali mesmo, em meio aos cadáveres que morrerão, enfatizando a íntima ligação entre a vida e a morte.




MORRIGAN, MACHA E BODBH

A história da Irlanda, relatada por John Keating no século XVII a partir de documentos antigos, cita Bodbh, Morrigan e Macha como as três deusas dos Tuatha De Dannan. O texto da "Batalha de Cnuch, é uma epopéia da série osiânica, descreve a "Bodbh sobre o peito dos homens. E, na "Batalha de Mag Rath se fala de Mirrigan "de cabelos cinza". Na "Destruição da morada da Da Chica", se trata de "Bodbh da boca vermelha". No Livro das Conquistas, vasta compilação de homens letrados sobre a origem mitológica da Irlanda, se encontra a seguinte enumeração:

"Bodbh, Macha e Ana (ou Anand), são as três filhas de Ernmas", que é contradita pelo poema que segue, o qual, na enumeração, substitui a Ana por Morrigan.

Tanto Morrigan a gaélica, como Morgana dos relatos da Távola Redonda, possuem a faculdade de transformarem-se em pássaros e sempre vêm acompanhadas de suas irmãs, que podem tomar o mesmo aspecto.




A JORNADA HERÓICA

Herói é todo aquele que é "chamado" para cumprir um determinado destino. O chamado representa a necessidade de que um valor mais antigo, pessoal ou tribal, seja superado. Geralmente o caminho é nítido, mas certamente, nunca será fácil. O herói deverá persistir diante do maior obstáculo que é sua própria letargia, seu medo e seu desejo de voltar para casa.

Muitas vezes, o herói poderá receber ajuda, como aconteceu com Cuchalainn, que infelizmente, não teve olhos para reconhecer e receber os préstimos da Deusa Morrigan. O caminho será sempre pontuado de diversas tentações: os demônios da dúvida, da esperança de um caminho mais fácil, das seduções pela riqueza e do poder.

O herói da maioria das histórias parte para uma jornada muitas vezes sem volta, pois deverá descer às profundezas do seu inconsciente. Se ele sobreviver a batalha que travará com os monstros que lá encontrar, então poderá empreender a subida e ser transformado.

Para Cuchulainn, a maior das batalhas não foi vencida, o confronto com a Deusa Morrigan e a assimilação de sua consciência lunar. Ele não soube compreender o que a Deusa queria, pois atrás de sua postura heróica estava também sua convicção defensiva. Essa é a condição que assumem a maioria dos homens da nossa atualidade, que também não compreendem e não conseguem se relacionar muito bem com as mulheres. Isso porque, o arquetípico masculino é o domínio do distanciamento e da separação e agressão contra a natureza e os seres humanos, tendo em vista a sobrevivência. O masculino desenvolve o aspecto solar da consciência que envolve a divisão e as guerras para estabelecer suas fronteiras. Já o feminino, desenvolve a consciência lunar e é concebida como a voz oracular da natureza (a Deusa).

Tais diferenças primárias para cada sexo, são percebidas, pelo valor que atribuem as suas façanhas. Por exemplo: as mulheres dão à luz e criam seus filhos com amor, enquanto os homens matam e forjam suas armas. Os homens exibem seus troféus (seja um animal, uma cabeça humana ou um escalpo) com o mesmo orgulho que as mulheres acalentam em seus braços um recém-nascido.

Na história e em nossa sociedade atual, os homens manifestam a tendência de desvalorizar o feminino neles mesmos e nas mulheres. Muitos dos atributos femininos são considerados "fraquezas" na tradicional sociedade patriarcal. Em conseqüência dessa distorcida valoração, os homens lutam para se excluir e se diferenciar das mulheres. Entretanto, o papel materno da mulher, universal, tem efeito tanto sobre o desenvolvimento da personalidade masculina e feminina quanto sobre a hierarquia dos sexos. O relacionamento primal com a mãe não é apenas o primeiro relacionamento, mas também a imagem e o protótipo das relações em geral. Como são basicamente as mulheres que cuidam das pessoas em seus anos da infância, a voz da autoridade feminina tem entonações poderosas.

Com o desenvolvimento do ego e da individualização, ocorre um movimento de baixo para cima, ou seja, do inconsciente para a consciência e, sendo assim, o âmbito matriarcal assume o caráter daquilo que tem de ser superado: o infantil, o arcaico, o abissal e o caótico. Todos esses símbolos estão ligados ao Feminino Terrível, ou o "Dragão Devorador" que reveste-se o feminino. Nesse sentido, o Feminino Terrível torna-se símbolo de estagnação, regressão e morte.

Os homens, portanto, não se diferenciam das mulheres, racional ou objetivamente, mas sim por "medo do feminino", que ameaça devorá-los e levá-los de volta aos braços da Mãe Terrível que está dentro dele, e que em seu abraço incestuoso promete a paz da morte por meio da rendição do Eu. Mas, faz parte do desenvolvimento normal do ego masculino como herói que ele tenha êxito em resgatar o Feminino da dominação materna. O casamento com o Feminino, para o homem, é sagrado, e constitui um pré-requisito para o desenvolvimento do Eu no qual os opostos estão contidos para que a inteireza seja obtida.

O ETERNO RETORNO


O arquétipo do eterno retorno dramatiza uma revelação: que sob o disfarce da morte encontramos uma secreta unidade de vida. O desenrolar desse drama confere profundidade à vida.

Devemos todos considerar nosso próprio lugar no grande círculo, pois se nossa vida não tem conteúdo ou significado, ela será estéril e absurda. Só a conscientização de que existe uma dimensão profunda em tudo que experimentamos amplia nossa visão e nos recoloca em uma zona de atemporalidade. A participação no grande círculo conserva tanto o mistério que esse representa como a dignidade dos que morrem.

É a Deusa Morrigan que nos ajudará a transformar nossas perdas em um "deixar que vá" e nos identifica como o "ir e vir", substituindo as aquisições pela capacidade de "abrir mão" para poder participar de sua secreta sabedoria de Grande Mãe.

A jornada da vida é um breve episódio entre dois grandes mistérios que são um só, e, tornar esse episódio tão luminoso quanto possível, é redescobrir nos movimentos da alma, nas provações do nosso corpo, nas presenças espectrais em nosso sonhos, os rastros das Deusas.

HÁ UMA HEROÍNA EM CADA MULHER

Todas nós somos heroínas de nossas próprias vidas, em uma viagem que inicia com nosso nascimento e continuará na decorrer de toda a nossa vida.

Como heroínas, também podemos ser semi-deusas, do mesmo que o protagonista da nossa história Cuchulainn. Igual à ele, embora de uma forma um pouco diferente, devemos abraçar o "Feminino" e deixar de ter medo do "Masculino". A ameaça representada pelo Masculino e pelo medo a ele associado é o medo da desvalorização da mulher. Entretanto, por mais difícil que seja a batalha, devemos nos tornar heroínas, aptas a fazer escolhas em que deixemos de ser passivas ou joguetes movidos por outras pessoas ou pelas circunstâncias.

Vale a pena fazer valer nossos direitos, muito embora essa não seja uma tarefa fácil, pois no meio do caminho sempre nos confrontaremos com os aspectos sombrios de nossa personalidade, mas no final nossa autoconfiança crescerá.

Entre os celtas, os dois sexos gozavam de considerável igualdade nos costumes matrimoniais, direitos à propriedade, estado legal, bem como as atividades econômicas e políticas. A importância das guerreiras e matriarcas e seu papel no treinamento dos jovens guerreiros sugerem ainda que a imaginação celta não traçava linhas rígidas entre as polaridades do masculino e feminino.

Podemos aprender muito com a mitologia celta, principalmente sobre a liberdade dos sexos. Na verdade, com igualdade e o respeito os dois sexos podem ter fortalecidos os seus relacionamentos.

Em nossa sociedade patriarcal, a maioria dos casamentos entram em falência emocional e estrutural, justamente quando ocorre o problema da dominação-submissão. A mulher que submete-se intencionalmente ou inconscientemente ao homem, se tornará infeliz, sobretudo na meia idade, quando ela precisa atualizar aquilo que foi reprimido em sua própria identidade.


IN: http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusamorrigan.html

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

HOMENAGENS À MORRIGAN

Eu sou a bruxa que fica abaixo da Lua.
Sou o rugido do Oceano.
Sou a Senhora da Soberania.
Sou a chuva nas folhas.
Sou as estrelas que brilham no Céu.
Sou a vidente da sorte.
Sou uma guerreira forte com minha espada.
Sou a mãe cigana, cheia de leite.
Sou a mulher das coxas fortes.
Ensino os mistérios da cama.
Sou o prazer dos corpos que se unem.
Sou a bruxa que conhece a força do amor.
Sou Morrigan.
Sempre vivi.
Já fui tudo."


Eu sou a figura abençoada pela Lua.
Sou o canto das águas
A fúria dos Oceanos
A chuva nas folhas e nos campos

Sou as estrelas que brilham no alto céu.
O clarão que enfrenta a escuridão
na tempestade que varre a tarde

Sou aquela que traça o próprio destino
Sou a força que surge quando a fraqueza busca espaço e lugar
Sou uma guerreira todos os dias da minha vida.

Sou mulher que não se esconde por trás de mistérios
Sou dama da noite – Senhora da magia – Sexo forte
No meu corpo adormece e desperta a chama do desejo
Em minha pele desenho os artifícios do prazer

Não tenho medo da morte,
pois ela caminha do meu lado esquerdo
Apreciando a vida que reina soberana em mim
Enquanto eu caminho pela fina linha do meu destino

Sou a bruxa que a mão da Deusa ajudou a tecer
Sou arte, verdade, poesia, começo, meio e fim
Que assim seja e que assim se faça



Sobre grandes montes e campos
Vejo o corvo voar, sinta sua sombra
Sobre florestas e montanhas
Procurando por guerra
Suas asas batem a cada guerra e batalha
Onde as espadas se chocam e a carruagem passa
Procurando a hora do encontro com a lâmina.
Morrigan Deusa Anciã da Guerra
Eu vejo seu rosto e não chorarei mais
Morrigan Deusa Anciã da Guerra
Esta vindo me levar na suas asas
Morrigan Deusa Anciã da Guerra
Eu escuto sua voz e não respiro mais
Morrigan Deusa Anciã da Guerra
Faça meu espirito livre
Mate por Morrigan
Destrua por Morrigan
Lute por Morrigan
Mate por Morrigan
Morra por Morrigan
Morrigan Deusa Anciã da Guerra

ENTENDENDO E MEDITANDO COM A DEUSA DANU

"Danu rola no meio das correntes incessante fluir sem descanso eterno para a frente"


Danu Danu

Ela é um rio,
Seu sangue flui para baixo toda a Terra.
Seu nascimento lábios sussurrando seus nomes no vazio:
Danu Danu

Ouvir a voz:
Profundo como um poço que desaparece na escuridão, ecoando com desejos secretos
Com suspiros que trazem tanto prazer e dor,
Limpando a morte com a vida.

Em seus braços ela traz todas as vidas no berço da Terra:
Abraçar os nossos ossos,
Como brilhando pedaços de pedra.



Danu  é mais comumente conhecida como a Mãe dos Deuses celtas, contudo a sua presença se faz sentir também na mitologia hindu.
Ela é a deusa dos rios, dando seu nome a dezenas de rios como o Danúbio e o Don.



A raiz de "Dan" significa "conhecimento" em gaélico.
Em galês "Dan" significa "terra baixa" ou "terra úmida.
" O nome Danu parece aparentado com o sânscrito, "Dana", que significa "águas do céu." Em hindu, Danu significa "desconhecido".

Na mitologia celta, deusa Danu era a Deusa mãe do Tuatha de Danann (As Tribos de Danu). 
A Deusa Danu aparece na história Védica "A agitação dos Oceanos", como a deusa das águas primordiais da criação.




Em cada cultura, Danu é o princípio de nascimento e de começos, de geração e da fertilidade.
Danu é a causa primeira, ela que veio antes de tudo.
Como um aspecto da Grande Mãe, ela engloba tanto a luz ea escuridão, dar e receber de volta.
Ela é a escuridão envolvente e radiações de luz brilhante.
Ela é a frieza das pedras em um rio, e o calor do sol.
Ela é de cada cor, cada cheiro, cada textura ... e ao mesmo tempo.
Ela está distante e que ela está perto.
Ela muda como as correntes em um rio.

Danu é uma deusa famosos e obscuros.
Famoso, porque seu nome aparece em tantos nomes de lugares e textos. Obscuro, porque nenhuma imagem ou narrativa sua sobreviveu integralmente. Isso atende às dictomy a Deusa, que é tanto o conhecido e o desconhecido.



Correspondences Correspondências

poder tradicional: conhecer para outorgar sorte e bons desejos e encontrar o tesouro, muitas vezes o patrão ou piratas ou caçadores de tesouros
Cor: verde, prata, azul e preto
Pedras: qualquer pedra do rio
Chakra do útero segundo
Ritual Energias: a força matriarcal, a transformação, a manifestação, a compaixão, a orientação espiritual
Símbolo: caldeirão preto cheio de água
Animais: peixes, cobra


Origem e História da Danu

Uma Deusa Mãe Anciã Indo-Europeu

 O Tuatha De Danann (As Tribos de Danu Deusa)

Para os celtas, Danu é uma deusa do rio.
Acredita-se que os povos celtas originaram na região do rio Danúbio e de lá expandiu por toda a Europa no início do século 1 aC, daí o seu título como "Tuatha de Danann".

Os filhos de Danu, após chegarem na Irlanda, para lutar em contra seus inimigos, os Fomorianos mal, cuja própria "Deusa Mãe" é Domnu. Significativamente, Domnu não significa apenas "o mundo", mas "as profundezas" da terra.

Épicos da Irlanda contêm vários episódios da luta entre os Filhos de Domnu, o que representa a escuridão e o caos, e os Filhos de Danu, representando a luz e ordem além disso, as crianças "de Domnu nunca são completamente superadas ou erradicadas do mundo.
Simbolicamente, eles são o mundo.
O conflito é entre as águas do céu e da base a realidade do mundo. "

A agitação do oceano (o mito da criação védica)

Uma antiga tradição indiana afirma que procede a criação de um corpo infinito de água primordial (Danu), e que o mundo (ou a multiplicidade de universos do Hinduísmo) finalmente nasce e repousa sobre esta expansão ilimitada das águas.
Em seu estado bruto do mundo aquático é caótico, ou pelo menos informe e avassaladora.
Criação, ou encomendados existência, só ocorre quando essa massa líquida é de alguma forma agitada, processados ou refinados, de tal modo que forma e crescimento ocorrerá.
Entre a falta de forma aquosa reside a potência ou a essência da vida.
Quando esta potência é liberada pelas águas primordiais, a criação pode prosseguir.


Danu: Deusa das Águas Primordial
"A idéia de um rio sagrado ... as águas que transbordam do Céu, torna-se traduzido na idéia de a graça do divino, que flui inesgotavelmente de alguma fonte".
Bardos antigos irlandeses, como os brâmanes hindus consideraram que a margem do rio, à beira da água, sempre foi o lugar onde  sabedoria, conhecimento e iluminação espiritual eram revelados.

Danu é associada no Rig-veda, o texto mais antigo e importante védica, com o informe, as águas primordiais que existiam antes da criação.

"A associação particularmente indiana com rios é a imagem da passagem do mundo da ignorância ou da escravidão para a terra longe, o que representa o mundo da iluminação e da liberdade.
A busca religiosa em todas as três religiões indígena, hinduísmo, jainismo e do budismo, é expressa pela metáfora do ato de  cruzar um rio largo.
O rio nesta metáfora representa o estado de transição, o período de renascimento, em que o peregrino espiritual passa por uma metamorfose crucial.
O rio representa um grande poder de purificação, onde o peregrino afoga seu antigo self e nasce de novo, livre e esclarecido "

Em Bali Pura Ulun Bratan Danu, um hindu / templo budista foi fundado no século 17, e é dedicado a Devi ("Deusa") Danu - a deusa das águas.
Localizado  sobre o sagrado Lago Bratan no norte de Bali, o templo é o foco das cerimônias e romarias para garantir o abastecimento de água. ( http://artasia.www2.50megs.com/Indonesia/temple.htm )

"[Danu] representa um fluxo constante fluir da graça celeste que purifica e fertiliza a terra.
A manifestação da terra, [Danu] como um rio, portanto, representa apenas a divulgação parcial de seu ser.
O contato físico com sua manifestação de terra, no entanto, religa  com o maravilhoso, divino, a dimensão transcendente da deusa e da realidade em geral ".
Danu Rituais e Meditações para Danu
 "Ouça a voz do rio e você receberá o seu desejo"

Isso traz à mente as sagas de terras celtas, onde são feitas referências a sacrifícios jogado em lagoas ou lagos.  Oferendas de metais preciosos, incluindo espadas e adagas (Durante a Idade do Ferro, espadas e punhais 
Para oferecer o sacrifício de uma espada necessitam-se profundas implicações pessoais e distantes do que nós reconhecemos hoje), foram encontrados em lagos, córregos e brejos em  muitos países da Europa e nas Ilhas Britânicas e da Irlanda.

O que cada um desses rituais tradicionais tem a nos ensinar é a importância de ofertas ou sacrifícios.
Muitas vezes somos  dispostos a desistir do que não é mais necessário para nós, mas podemos abrir mão com o mesmo fervor que sentimos que estamos ligados.
Os antigos sabiam que na oferta de sacrifício que estamos abrindo espaço para coisas novas em nossas vidas que nós realmente precisamos.

Meditations Meditações
Uma meditação guiada com Danu

A água da deusa Danu é associado em ambas as tradições celtas e hindus e mitos com a transformação e iluminação.
Em nossas viagens de auto-guiada espiritual de auto-descoberta, estamos constantemente mudando, fluindo, crescendo, tornando-se. In this ritual to Neste ritual de Danu comemorar sua metamorfose em curso e pedir a Deusa para orientação e bênçãos.

Imagine-se na margem de um rio largo.
Ouvi a água a correr por, o som dos pássaros acima de sua cabeça, o sopro do vento ao seu redor, sentir os bancos gramado debaixo de seus pés.
Comece a caminhar lentamente para o rio.
É calmo e gentil e que não têm medo.
Sinta-se a água corre contra a carne de suas pernas.
Está no meio do rio e estão se levantando com seus joelhos.
Deixe-se a facilidade de volta nas águas.
Que a Deusa te segurar nos braços e levá-lo junto.
Sinta as águas corre sobre seu corpo.
Ouça a sua voz sussurrando em seus ouvidos.
Relaxe e confie na Deusa para carregá-lo com segurança.
Sinta a flutuabilidade do seu próprio corpo; spin água do rio, brincar com a Deusa.
Mergulhar debaixo d'água.
Você pode ver claramente sob a água.
Sinta-se a base do leito do rio.
Continuar a flutuar no rio, desfrutando da companhia da Deusa. Eventualmente, o rio começa a desacelerar e fica quieto.
Quando estiver pronto você pode emergir a partir do rio no lado oposto de onde você começou.
Como você pisa na margem do rio você vê algo na grama esperando por você. É o seu dom da Deusa.

Meditação sobre a Respiração Danu 

Ao inspirar, imagine calmo, águas correntes, dobrando nas margens de um rio. Ao expirar, deixe a sua respiração formam a palavra "Danu". Vá com calma e deixar a respiração para preencher os espaços da palavra.
Se você mente divaga, volte a beira da água.
Sinta-se a tornar-se um com Danu, com o Todo, com o Uno.


Com uma lua sobre a água
Eu mal consigo diferenciar um do outro:
Da lua a água cai
enquanto que as rochas nos braços da costa.
Estou ensaboado pelas estrelas do verão

que são fundidos sobre o céu em maravilha.
Mergulhados na água,
afogados para baixo ao assoalho do rio.
Com uma lua

ofuscamento acima do meu ombro
e os de água acariciando muito forte para dominar.
A luz prateada é líquido e deslizando mais
cool veludo pesado, do que qualquer noite anterior

www.orderwhitemoon.org/goddess/Danu.html

sábado, 23 de outubro de 2010

DEUSA MORRIGAN

Morrígan ("Terror" ou "Rainha Fantasma"), também escrita Mórrígan ("Grande Rainha") (aka Morrígu, Mórríghean, Mór-Ríogain) é uma figura da mitologia irlandesa (céltica) que aparenta ser uma divindade, embora não seja referida como "deusa" nos textos antigos.

Representado comumente como uma figura terrível, nas glosas dos manuscritos medievais irlandeses como uma equivalente a Alecto - uma das Fúrias na mitologia grega - de fato, um dos textos refere-se a Lamia como "um monstro de formas femininas, i. e., uma Morrigan" - ou ainda como o demônio hebreu Lilith.

Associada com a guerra e a morte no campo de batalha, algumas vezes é anunciada com a visão de um corvo sobre carcaças, premonição de destruição ou mesmo com vacas. Considerada uma divindade da guerra, comparável às Valquírias da mitologia germânica, embora sua associação com o gado bovino permita também uma ligação com a fertilidade e o campo.

É com freqüência vista como uma divindade trinitária, embora as associações desta tríade variem: a mais freqüente dá-se de Morrígan com Badb e com Macha - embora algumas vezes incluem-se Nemain, Fea, Anann e outras.


As mais antigas narrativas de Morrígan estão nas histórias do "Ciclo do Ulster", onde ela tem uma relação ambígua com o herói Cúchulainn. No Táin Bó Regamna (Invasão do gado em Regamain), ele a desafia, sem compreender o quê ela é, quando ela guia uma novilha por seu território, tornando-se seu inimigo. Ela profere uma série de ameaças, predizendo finalmente uma batalha próxima onde ele será morto. Ela diz, enigmaticamente: "Eu vigio sua morte".

No Táin Bó Cuailnge a Rainha Medb de Connacht comanda uma invasão ao Ulster para roubar o touro Donn Cuailnge. Morrígan surge ao touro na forma de um corvo, e o previne para fugir. Cúchulainn defende o Ulster, travando no vau dum rio uma série de combates contra os campeões de Medb. Entre os combates, Morrígan lhe surge, com aparência de uma bela moça, oferecendo-lhe seu amor e auxílio na batalha - mas ele a rejeita. Como vingança ela interfere no seu próximo combate, primeiro assumindo a forma de uma enguia, fazendo-o tropeçar; depois, com a forma de um lobo, provocando um estouro da boiada, e finalmente como uma novilha que conduz o rebanho em fuga - tal como havia ameaçado em seu primeiro encontro. Cúchulainn é ferido por cada uma das formas que ela assume mas, apesar disto, consegue derrotar seus oponentes. Ao final ela reaparece-lhe, como uma velha que trata-lhe os ferimentos causados por suas formas animais, enquanto ordenha uma vaca. Ela oferece a Cúchulainn três copos de leite. Ele a abençoa por cada um deles, e suas feridas são curadas.

Numa das versões sobre o conto da morte de Cúchulainn, falando sobre como o herói enfrenta seus inimigos, diz-se que este encontra Morrígan como uma velha que lava sua armadura ensangüentada à margem do rio - um presságio de sua morte. Depois, mortalmente ferido, Cúchulainn amarra-se a uma pedra com suas próprias entranhas, para assim poder morrer em pé... somente quando um corvo pousa sobre seu ombro é que os inimigos acreditam que realmente está morto.

Morrígan também aparece em textos do chamado "Ciclo Mitológico" celta. Na compilação pseudo-histórica Lebor Gabália Érenn, do século XII, ela está listada entre Tuatha Dé Danann, como uma das filhas de Ernmas, neta de Nuada.

Morrígan é freqüentemente considerada como uma deusa trina, mas a sua suposta natureza tripla é ambígua e inconsistente. Às vezes surge como uma de três irmãs, as filhas de Ernmas: Morrígan, Badb e Macha. Por vezes a trindade consiste em Badb, Macha e Nemain - coletivamente conhecidas como Morrígan ou, no plural, como as Morrígan. Ocasionalmente Fea ou Anu também surgem, em várias combinações. Morrígan, porém, muitas vezes aparece só, e seu nome por vezes é transmutado para Badb, sem a terceira "forma" mencionada...

Morrígan é usualmente tida como "deusa guerreira": W. M. Hennessey, em sua obra A antiga deusa irlandesa da guerra, escrita em 1870, foi influenciado por esta interpretação. O seu papel envolve freqüentemente a morte violenta de determinado guerreiro, ao tempo em que é sugerida uma ligação com Banshee (espécie de fada) do folclore posterior). Esta ligação torna-se mais evidente no livro de Patricia Lysaght (The Banshee: The Irish Death Messenger - Banshee: a mensageira irlandesa da morte - pág. 15): "Em certas áreas da Irlanda encontra-se este ser fantástico que, além do nome feérico, também é chamada de Badhb".
The Celtic goddess of battle, strife, and fertility.
Image courtesy of JBL Statues.




MORRIGAN POR FELIPE CELTAS TODAY
Imaginem uma mulher extremamente alta, cabelos castanhos escuros longos até a cintura que serviam como uma espécie de ´´capa´´ sobre os ombros, olhos penetrantes tão negros como a noite, pele branca quase translúcida e corpo de músculos bem delineados que não deixavam de revelar encantos femininos sem par e fazer qualquer um pensar nos prazeres carnais que ela poderia oferecer.

Agora não se deixem enganar por sua bela aparência, pois detrás delas há uma guerreira implacável, caçadora das mais hábeis, mestra no manuseio de qualquer arma e invencível no combate por sua força descomunal e invulnerabilidade.

Aliás, em qualquer batalha, seja entre deuses ou mortais, lá estava ela liderando tropas com um grito de guerra tão alto quanto o de dez mil homens e plenamente armada até os dentes onde se destacava em sua indumentária de combate as duas lanças da mais pura prata que carregava nas mãos ( quando lançadas capazes de partir ao meio o avanço de um exército inimigo e destroçar em pedaços quem estivesse mais próximo )

Ela também tinha poderes mágicos como o de cegar os inimigos jogando sobre o campo de batalha uma névoa penetrante bem como também dotada do dom de mudar sua forma humana para de um corvo carniceiro, lobo ou mesmo de uma anciã de aparência bem inocente. Conhecendo bem tanto o poder curativo das ervas e raízes quanto a maneira de usa-las como um veneno mortal.

Esta em poucas palavras é a descrição de Morrigan, cujo o nome em gaélico significa ´´Grande Rainha´´, deusa celta da guerra. Ao seu lado, seguindo-a para todo lado como um séquito de uma rainha, haviam as suas não menos importantes irmãs : Fea ( chamada de ´´ a Odiosa ´´ ), Nemon ( conhecida também popularmente como ´´ a Venenosa ´´ ) , Badh ( atendendendo pelo apelido sugestivo de ´´a Fúria´´ ) e Macha.

Nemon e Fea eram ambas esposas do famoso Nuada da Mão de Prata, um dos reis dos Tuatha Dé Danann (Povo da Deusa Danu) que em combate com Sreng dos Fir Bolgs ( antigos habitantes da Irlanda e tribo aliada dos Fomorianos ) teve a mão decepada e depois substituida por uma mão de prata feita através das incriveis habilidades de Diancecht ( deus gaélico da medicina )até ser restituida por Miach e Airmid ( filhos de Diancecht ) Em poder se comparavam juntas a força de Morrigan.

Macha regia os pilares nos quais eram empaladas as cabeças dos guerreiros mortos em combate para qual eram feitos pelos celtas o culto da cabeça na idéia de ser assim capaz de capturar o espírito dos inimigos. Diziam que Macha vivia a cantar nos campos de batalha, com uma voz bela e magnética que tinha o poder de enfeitiçar os inimigos e leva-los a loucura ao ponto de cometerem o suicidio

Por sua vez, Badh vinha com suas irmãs para animar os combatentes dos quais estavam ao seu lado na batalha para assim inspira-los a ficarem cada vez mais ferozes , afastando o medo da morte do coração e o receio da derrota. Era individualmente a irmã mais próxima no contato com Morrigan, atuando como sua conselheira e confidente.

Curiosamente a Grande Rainha , sempre vitoriosa no combate, acabou pelo amor não correspondido de Cuchulainn ( uma espécie de semi-deus e herói celta ao estilo de Hércules dos gregos ) sendo atingida de uma forma mais dolorosa do que em qualquer ferimento obtido em batalha. Assim, ironicamente, o Amor foi a arma que finalmente derrotou a invencível Morrigan !

domingo, 17 de outubro de 2010

SAMHAIM E HALLOWEEN

Origem e tradição
Na Irlanda do século V (a.C), o dia 31 de outubro fazia parte de um conjunto de quatro datas comemorativas do calendário celta que marcava a transição das estações, o período de plantação e colheita, e o ciclo vital da Terra. A primeira data era celebrada no dia 2 de Fevereiro (conhecido como O Dia da Marmota), em honra a deusa da cura Brigith. No mês de maio celebrava-se o Beltane, considerado o dia que iniciava a temporada de semear. Nesta data realizavam-se rituais de fertilidade e prosperidade para incentivar o crescimento da lavoura. A terceira data ocorria em agosto: a festa da colheita em reverência ao deus sol Lugh. Finalmente, no dia 31 de outubro celebrava-se um feriado denominado Samhaim, que marcava o final do ano celta em honra ao deus pagão Samhan (Senhor dos Mortos), também o fim do verão e início do inverno.

A expressão Halloween tem origem na contração errônea da expressão inglesa All Hallows Eve (que significa Dia de Todos os Santos). Esta data foi instituída pelo Papa Bonifácio IV, e era celebrada no dia 13 de maio. Porém, em 835 o Papa Gregório III alterou o Dia de Todos os Santos para o primeiro dia de novembro. Sua intenção era unir as crenças cristãs e pagãs, aproximando as datas comemorativas. Outro objetivo do Papa era apaziguar os conflitos entre esses povos no noroeste europeu. Assim, os cristãos celebravam o dia dos santos falecidos no dia posterior ao rito pagão do Senhor dos Mortos. Desta forma, a expressão Halloween tornou-se sinônimo da celebração pagã de 31 de outubro.

O Samhaim é cercado de mitos e crenças que influenciavam a cultura dos povos europeus desde o período pré-cristão. Nesta data, os Druidas (sacerdotes celtas) reuniam-se e realizavam rituais dançando em torno de uma fogueira e oferecendo o sacrifício de animais. O caldeirão também era utilizado simbolizando o útero, e a abundância da Deusa Mãe.

Neste dia, acreditava-se que todas as relações de tempo e espaço ficavam suspensas, pois o 31 de outubro não pertencia ao ano velho, tampouco ao novo ano que se iniciava. Desta forma, os espíritos desencarnados podiam retornar ao mundo dos vivos e se apossarem dos corpos. Para evitar esta aproximação, era comum apagar todas as tochas e fogueiras das aldeias, de modo que o ambiente ficasse escuro, frio e hostil. Os habitantes vestiam-se com trajes fantasmagóricos e vagavam pelas ruelas em desfiles barulhentos, a fim de amedrontar e espantar os espíritos que procuravam corpos a serem possuídos.

Outro costume da tradição celta, constituía em oferecer alimentos aos espíritos malignos para que estes não interferissem negativamente em suas vidas. Com o passar do tempo esta prática foi modificada, e os alimentos eram dados aos mendigos. Em troca, eles oravam pelas almas dos entes mortos dos aldeões. Na Irlanda, eram organizadas procissões para angariar oferendas dos agricultores. Aqueles que se recusassem, teriam suas colheitas amaldiçoadas pelos espíritos; uma chantagem que originou o Trick or Treat (travessuras ou doces). Quando este costume foi levado pelos imigrantes irlandeses para a Nova Inglaterra (Estados Unidos), as principais travessuras baseavam-se em escrever nos muros das casas e retirar a tranca dos portões.



Samhain – o Ano Novo Celta – segundo o calendário lunar do Hemisfério Sul. Do ponto de vista das estações do ano, de onde emanam todos os festivais celtas, o Samhain assinala o fim da estação quente e o início da época das temperaturas mais frias, cujo ápice se dá no inverno. Assinala também o ponto de virada do ano onde os dias começam a ficar mais curtos e as noites mais longas – onde o sol se põe mais cedo, e demora mais a surgir no firmamento.


O Samhain assinala um tempo de mudança, de contato com o Outro Mundo, de abertura dos portais. É tempo de travar contato com os nossos antepassados, de crescer com a sabedoria das árvores, da floresta e dos habitantes do mundo feérico. É também tempo das grandes batalhas, das justas, do acerto de contas e das grandes decisões diante de um nova etapa que se anuncia, de um novo ano que emerge das frestas da estação fria…


Segundo James McKillop, no Oxford Dictionary of Celtic Mythology, A palavra Samhain significa o final da estação quente e o início do inverno. A origem do festival está ligada com a seleção e a alimentação dos animais domésticos, além da estocagem de provisões. Significa o “fim do verão” e coincide com a matança do gado antes do inverno. Eram realizados rituais em honra dos mortos, aos quais se pedia proteção para os rigorosos meses de inverno.



As diferentes celebrações do Samhain ao longo dos séculos explicam algumas das tradições que estão popularmente ligadas ao Halloween. Estando localizado na metade do ano celta, o Samain parece suspenso no tempo. Ao mesmo tempo, é uma época perigosa, onde as fronteiras entre o mundo real e o mundo sobrenatural encontram-se dissolvidas, e os espíritos do Outro Mundo podem se mover livremente no mundo dos mortais. Simultaneamente, os homens podem perceber mais do reino dos mortos nessa época, e procurar por presságios do futuro nos jogos. As pessoas podiam escolher pequenos bolos chamados “barmbracks” – pães salpicados de groselhas ou uvas-passas – contendo um anel ou uma noz, que determinavam se uma pessoa iria casar ou permanecer solteira. Fogueiras eram acesas na Irlanda e na Escócia. Era também uma época de descanso após o trabalho pesado na lavoura. Na véspera do Samhain, todos os fogos da Irlanda deveriam ser apagados, sob pena de multa. Porém, os fogos eram reacesos pelos druidas quando o ano novo renascia.


O Samain era um período de intensa energia espiritual, onde eventos importantes estavam a ele ligados, sendo data obrigatória das batalhas míticas e épicas, da morte de deuses e heróis, da reunião do estado-maior dos Tuatha De Dannan, de todas as assembleias que regram os aspectos legais e jurídicos. Regras, leis, deveres e advertências eram discutidos nessas assembleias. O herói do Ciclo do Ulster Cú Chulainn teve vários encontros durante esse festival, assim como o herói super-humano Finn no Ciclo Feniano..


Eu passarei esse final de semana no meio da floresta, em Lumiar, renovando os meus votos e agradecendo as bençãos que obtive do Povo Antigo e do Povo Nobre nesse ano que se encerra. Um novo ciclo de realizações, prosperidade, saúde, paz, amor e harmonia se abre, e pretendo pedir aos Deuses que me permitam a honra de partilhar isso com as pessoas que me são queridas.


Samhain: tempo dos mortos, da sabedoria das árvores, do culto aos antepassados. Que os portais do Outro Mundo se abram nesse final de semana, e que possamos ver com mais clareza aquilo que as brumas do dia-a-dia não nos permitem ver com tanta clareza…
http://josemauronunes.wordpress.com/2010/04/30/samhain-halloween-ano-novo-celta/



A origem do Halloween remonta às tradições dos povos Celtas, que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 A.C. e 800 D.C.

Originalmente, o Halloween não tinha relação com bruxas, era um festival do calendário celta, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de outubro e 2 de novembro, que marcava o fim do verão ("samhain" significa literalmente "fim do verão" na língua celta). Os Celtas comemoraram seu ano novo em 1 º de novembro. Na noite do dia 31 de Outubro, o Samhain, se acreditava que os fantasmas dos mortos regressavam à Terra. Além de causar problemas para as plantações, prejudicando as colheitas, os celtas acreditavam que a presença dos espíritos tornava mais fácil para os sacerdotes druidas as previsões feitas sobre o futuro. Para uma civilização totalmente dependente das energias do mundo natural, estas profecias eram uma importante fonte de direção durante o longo e escuro inverno.

Para comemorar o evento, os druidas construíam enormes fogueiras sagradas, onde as pessoas se reuniam para queimar oferendas às deidades celtas. Durante a comemoração, os celtas usavam trajes, geralmente constituídos por cabeças de animais e peles, e durante os ritos falavam sobre o futuro através de artes adivinhatórias. Quando a celebração chegava ao fim, eles haviam "reacendido" seus corações com esperanças e pediam à fogueira sagrada para ajudar a protegê-los durante o Inverno.

Nota-se, portando, que a celebração Celta possuía marcadas diferenças em relação às atuais abóboras ou à famosa frase "Gostosuras ou travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração e tornaram a Festa de Halloween uma das mais aguardadas do ano.

José Milton Cândido
http://www.artigonal.com/educacao-artigos/origem-do-halloween-2979608.html




Samhain - A Morte do Deus
31 de outubro no hemisfério Norte
&
1º de maio no hemisfério Sul

Samhain (pronuncia-se Sou-ein), festejado em 31 de outubro no hemisfério Norte e em 1º de maio no hemisfério Sul, é o Ano-Novo dos Bruxos. Esse dia sagrado é conhecido por inúmeros nomes. Para muitos, talvez, o mais conhecido seja Halloween. Para nós, Bruxos, é a festa na qual honramos nossos ancestrais e aqueles que já tenham partido para o País de Verão.

Essa é a noite em que o véu que separa o mundo material do mundo espiritual encontra-se mais fino e o contato com nossos ancestrais torna-se mais fácil. É também o momento tradicional para celebrar a última das colheitas e se preparar para o Verão.

O poder de magia pode ser sentido no ar, nessa noite. O Outro Mundo se coaduna com o nosso conforme a luz do Sol baixa e o crepúsculo chega. Os espíritos daqueles que já partiram para o outro plano são mais acessíveis durante a noite de Samhain.

Samhain ocorre no pico do Outono. É o tempo do ano em que o frio cresce e a morte vaga pela Terra. O Sol está enfraquecendo cada vez mais rapidamente, a sombra cresce e as folhas das árvores estão caindo, numa preparação ao Inverno que chegará. Essa é a última colheita, o tempo em que os antigos povos da Europa sacrificavam seus gados e preservavam sua carne para o Inverno, pois esses animais não podiam sobreviver em grande escala nesse período do ano devido ao frio vindouro. Só uma pequena parte, os mais viris e fortes, era mantida para o ano seguinte.

Samhain é a noite em que o Velho Rei morre e a Deusa Anciã lamenta sua ausência nas próximas seis semanas. O Sol está em seu ponto mais baixo no horizonte, de acordo com as medições feitas através das antigas pedras da Britânia e da Irlanda, razão pela qual os Celtas escolheram esse Sabbat, em vez de Yule, para representar o Ano-Novo. Para os Antigos Celtas, esse dia sagrado dividida o ano em duas estações, Inverno e Verão. Samhain era o dia no qual começavam o Ano-Novo celta e o Inverno, por isso era um tempo ideal para términos e começos.

É o dia ideal para honrar os mortos, pois nele os véus que separam os mundos estão mais finos. Aqueles que morreram no ano passado e aqueles que estão reencarnando passam através dos véus e portais nesse dia. Os Portões das Sidhe estão abertos e nem humanos nem fadas precisam de senhas para entrar e sair.

Em Samhain, o Deus finalmente morre, mas sua alma vive na criança não-nascida, a centelha de vida no ventre da Deusa. Isto simboliza a morte das plantas e a hibernação dos animais, o Deus torna-se então o Senhor da Morte e das Sombras.

Samhain é um festival do fogo e é a entrada para a parte sombria e fria da Roda do Ano. É em Samhain que as fogueiras são acesas para que os espíritos do outro mundo possam encontrar os caminhos para partirem ao Outro Mundo (País de Verão).

Samhain é o tempo de lembrarmos com amor aqueles que partiram para o outro lado, por isso é chamado de a Festa Ancestral. Toda a família, ou grupo, se reúne para reverenciar os que já partiram. É muito comum nesse Sabbat se realizar uma ceia em silêncio, conectando-se com aqueles que já cruzaram os portais dos mundos. É tradicional também deixar um lugar à mesa para os ancestrais e lhes servir pratos como se eles estivessem presentes à ceia.

Para aqueles que não têm família para festejar e celebrar seus ancestrais, alimentos geralmente são deixados do lado de fora de casa, na porta de entrada, em homenagem aos familiares e amigos desencarnados.

É também tradicional deixar uma vela acesa na janela da casa para ajudar a guiar os espíritos ao longo de sua caminhada ao nosso mundo para que possam encontrar o caminho de volta.

De acordo com os antigos celtas, havia apenas duas divisões do ano que iam de Beltane a Samhain (Verão) e de Samhain a Beltane (Inverno).

Samhain é um dos quatro grandes Sabbats e muitas vezes é considerado o Grande Sabbat.

Por ser o maior de todos e o mais importante também, todos os Pagãos consideram Samhain como a noite mais mágica do ano. Muitas práticas adivinhatórias foram associadas a Samhain, as mais comuns eram aquelas que prenunciavam casamentos e fortunas para o próximo ano que estava se iniciando.

Uma das tradições mais comuns praticadas pelos povos antigos era a de colocar várias maçãs em um grande barril de água. Várias mulheres se reuniam em volta do barril, e a primeira que conseguisse pegar uma das maçãs seria a primeira a casar no próximo ano.

Na Escócia, colocavam-se pedras entre as cinzas da lareira, deixando-as "descansar" durante a noite. Se alguma pedra fosse descoberta durante a noite, representaria a morte iminente durante o próximo ano de um dos moradores da residência.

Sem sombra de dúvida a prática mais famosa do Samhain é o Jack O'Lantern (máscaras de abóboras), que sobrevive até hoje nas modernas celebrações do Halloween. Vários historiadores atribuem suas origens aos escoceses, enquanto outros lhe conferem origem irlandesa. As máscaras eram utilizadas por pessoas que precisavam sair durante a noite de Samhain. As sombras provocadas pela face esculpida n abóbora tinham a virtude de afastar os maus espíritos e todos os seres do outro mundo que vinham para perturbar. Máscaras de abóboras também eram colocadas nos batentes das janelas e em frente à porta de entrada para proteger toda a casa.

O costume norte-americano de vestir-se com trajes típicos e sair pelas casas dizendo Trick or treating, nas noites de Halloween, é de origem céltica. Nos tempos antigos, o costume não era relegado às crianças, mas sim aos adultos. Em tempos ancestrais, os vagantes iam cantando cânticos da época de casa em casa e eram presenteados com agrados pelo seus habitantes. O Treat (presente) também era requerido pelos espíritos ancestrais nessa noite através de oferendas.

O Deus neste período é identificado com os animais que eram sacrificados para continuidade da vida.

Samhain é um tempo para a reflexão, no qual olhamos para o ano mágico que passou e estabelecemos as metas para nossa vida no ano que entra.

Correspondência de Samhain

Cores: preto e laranja

Nomes Alternativos: Festa de Todos os Santos, All Hallows, Mischief Night, Hallowmas, Noite de Saman, Samaine, Halloween, All Hallows Eve.

Deuses: Deuses Anciãos, a Deusa na sua face da Anciã, o Deus como o Senhor das Sombras.

Ervas: nós-moscada, sálvia, menta, mirra, patchuli, artemísia, alecrim, musgo, calêndula, louro, mandrágora.

Pedras: obsidiana, floco de neve, ônix, cornalina, turmalina negra, âmbar, granada, hematita.

Atividades:

Tomar resoluções para serem colocadas em prática no próximo ano que se inicia.
Queima de pedidos.
Confeccionar um Jack O'Lantern.
Fazer oferendas de maçãs e pães no jardim dos ancestrais.
Adivinhação através do Tarô, das Runas, da bola de cristal, da vidência em espelho negro e caldeirões com água.
Fazer máscaras que expressem a sua sombra.
Confeccionar vassouras.
Confeccionar um Bastão Mágico.
Confeccionar uma Witch's Cord (Corda de Bruxa) para proteção durante o decorrer do ano.
Acender uma vela laranja à meia-noite para atrair sorte no ano que se inicia.
Erigir um Altar com a foto de seus ancestrais amados e colocar oferendas sobre ele, demonstrando seu agradecimento e reconhecimento pelos feitos deles na Terra.
Comidas e Bebidas Sagradas: maçã, romã, nozes, cidra, vinho quente, abóbora, chá de ervas, batata.

Queima de Pedidos

A Queima de pedidos é um dos rituais tradicionais de Samhain. Nele banimos tudo o que tivemos de negativo e pedimos o que queremos atrair de positivo para o ano mágico que se inicia.

Para isso você vai precisar de:

Dois pedaços de papel em branco;
Um lápis;
Álcool de cereais;
Folhas de louro;

Seu Caldeirão.

Num dos papéis escreva tudo aquilo que você quer afastar de sua vida: obstáculos, doenças, pessoas indesejadas, dificuldades, etc.

No outro escreva tudo aquilo que você quer atrair para a sua vida: saúde, prosperidade, amor, sucesso, etc.

Seja bem específico em seus pedidos e não se esqueça de no final assinar e colocar a seguinte frase: Que tudo isso seja correto e para o bem de todos.

Coloque um pouco de álcool no seu Caldeirão, acenda-o e jogue o primeiro papel, aquele que contém as coisas que você quer afastar, no fogo. Enquanto o papel queima, mentalize o mal sendo afastado. Peça à Deusa e ao Deus que todas as forças negativas sejam anuladas e que o mal seja banido.

Espere o fogo acabar, então coloque um pouco mais de álcool no Caldeirão, tomando o devido cuidado, pois o álcool quando colocado em um recipiente quente evapora e pode entrar em combustão espontaneamente. Jogue então o segundo papel, aquele que contém as coisas que você quer atrair para a sua vida, no fogo. Coloque as folhas de louro nas chamas, sempre mentalizando as boas coisas que você quer atrair para a sua vida.
Quando o fogo acabar, concentre-se na fumaça, provocada pelas folhas, subindo os céus, e peça que seus pedidos se elevem ao mundo dos Deuses.

Confeccionando um Jack O'Lantern

A confecção do Jack O'Lantern é uma atividade tradicional desse Sabbat. Eles enfeitam toda a nossa casa no decorrer do dia, além de servirem de ornamentação indispensável para a cerimônia de Sabbat.
Coloque um Jack do lado de fora de sua casa na noite de Samhain para afastar o s maus espíritos e visitas indesejadas de outros planos.
Para confeccionar um Jack você vai precisar de:

· Uma abóbora ou moranga;
· Uma faca;
· Uma vela branca;
· Um óleo essencial de patchuli.

Faça uma tampa na parte superior da abóbora, retire suas sementes e com a faca entalhe uma face na abóbora da forma que você achar melhor. Unja a vela branca com a essência de patchuli e coloque-a dentro da abóbora. Acenda a vela dizendo:

Com esta vela, por esta luz e pela brisa que vem do além
Eu dou as boas-vindas aos espíritos nesta noite de Samhain.

Trançando uma Corda de Bruxa

Trançar uma Corda de Bruxa (Witch's Cord) é um ato tradicional na noite do Samhain. Elas simbolizam o cordão que liga todos nós ao Outro Mundo, além de serem uma representação simbólica do cordão umbilical que traz todos à vida terrestre.

A Corda de Bruxa é confeccionada utilizando cores apropriadas que simbolizem aquilo que você quer atrair para sua vida no ano mágico que se inicia. Por isso escolher a cor correta para confeccionar sua Corda de Bruxa é essencial:

Branco: Para harmonia.
Vermelho: Para afastar os inimigos, vencer os obstáculos, atrair garra e coragem.
Laranja: Para sucesso e prosperidade.
Rosa: Para atrair amor.
Preto: Para proteção e afastar o azar.
Verde: Para abundância.
Amarelo: Para atrair saúde e ter sorte no comércio.

Caso sua necessidade seja maior do que apenas uma cor pode lhe oferecer, você poderá escolher até três cores diferentes que representem os seus desejos para o próximo ano.
Pegue três barbantes na cor ou cores escolhidas e corte-os na medida de sua altura. Então comece a trançar os barbantes, sempre mentalizando aquilo que você quer atrair para a sua vida, pedindo que a Deusa e que o Deus lhe auxiliem e abençoem a corda que você está trançando.

Quando tiver terminado, costure ou cole alguns símbolos no decorrer da corda que representem o seu objetivo. Por exemplo: corações para amor; moedas para prosperidade, etc.

Coloque a sua Corda sobre o seu Altar durante a celebração do Sabbat e consagre-a durante a cerimônia.

Pendure a sua Corda de Bruxa em um lugar de sua casa e, sempre que visualizá-la, lembre-se dos objetivos que o motivaram a confeccioná-la. Assim sua vontade será ativada.

O Ritual de Samhain

Material necessário:
· Caldeirão;
· Uma vela preta;
· Uma vela laranja;
· Uma maçã;
· Um pão feito por você;
· Uma romã;
· Dois pedaços de papel em branco;
· Lápis;
· Alecrim;
· Uma colher de pau;
· Álcool de cereais;
· O Cálice com vinho.

Procedimento: Coloque o Caldeirão sobre o Altar e disponha a vela laranja do lado direito e a vela preta do lado esquerdo. Coloque a maçã perto da vela laranja e a romã perto da vela preta. Trace o Círculo Mágico e então diga:

Neste dia sagrado, no qual o véu que separa os mundos se encontra mais fino, somos visitados por nossos ancestrais.
Que a Deusa Anciã e o Senhor das Sombras possam abençoar todos os amados que viverem partilhar deste Rito de Sabbat.

Acenda as velas, dizendo:

Sagrados Ancestrais, venham a mim.
Nesta noite eu canto a magia e realizo este ritual em homenagem àqueles que partiram ao País de Verão.
Que este Rito seja agradável aos olhos daqueles que já se foram.
Abençoados sejam todos eles.

Eleve o Caldeirão, dizendo:

Este é o ventre da Mãe, o Caldeirão dos fins e recomeços.

Coloque-o novamente no lugar e pegue um pedaço de papel. Nele escreva tudo o que você quer afastar de sua vida. Acenda-o na vela preta e deixe-o queimar dentro do Caldeirão.
Pegue o outro pedaço de papel e escreva tudo o que você quer atrair para a sua vida. Acenda-o na vela laranja e deixe-o queimar dentro do Caldeirão.
Coloque o alecrim no Caldeirão, junto com as cinzas, e comece a mexer a mistura no sentido horário, dizendo:

Que o velho morra e que o novo possa entrar.
Pelo poder da Vida e da Morte,
Saúdo os espíritos desta noite de Samhaim.

Coloque um pouco de álcool no Caldeirão e então ponha fogo, dizendo:

Através desta luz e o elo mar além,
Saúdo todos os espíritos nesta noite de Samhaim.

Olhe para as chamas do fogo e mentalize todos os seus desejos.
Com o seu Athame, abra a romã, com algumas sementes, enquanto pensam todas as coisas negativas que quer afastar de sua vida. Coloque algumas sementes no fogo.
Parta a maçã ao meio, coma uma das partes e jogue um pequeno pedaço nas chamas do Caldeirão. Mentalize agora tudo o que você quer atrair de positivo.
Com a sua colher de pau, mexa o conteúdo de seu Caldeirão e então diga:
Que o negativo se torne positivo,
Que o mal se transforme em bem,
Que a doença se torne saúde,
E o ódio em amor.

Beba um gole do vinho e despeje um pouco dentro do Caldeirão, fazendo uma libação, enquanto diz:

Faço esta libação em homenagem à Deusa e ao Deus.
Homenageio também a todos os meus Ancestrais.
Que assim seja e que assim se faça!
Toque o pão com o Bastão e diga:
Eu te consagro em nome dos Antigos.
Que você me traga saúde, sucesso, prosperidade e amor.
Coma um pedaço do pão.
Cante, dance e festeje em homenagem à Deusa e aos seus antepassados.
Agradeça aos Ancestrais e destrace o Círculo.

Coloque o resto do pão no seu jardim ou aos pés de uma árvore como oferenda aos seus ancestrais.

(fonte: WICCA A Religião da Deusa de Claudiney Prieto)

Morrigan, a Deusa Guerreira da Morte e Erotismo


- Morrigan, etimologicamente, vem de "Mór Ríogain" e significa "Grande Rainha" em gaélico. Num manuscrito datado do ano de 876 para a Vulgata surge o nome de Morrigan como se a mesma fosse a "Rainha Fantasma" ou "Rainha dos Mortos-Vivos".

- Morrigan assumiu ao longo do tempo caracteristicas mais que tipicamente vampirescas na qualidade de "Rainha Fantasma" ou "Rainha dos Mortos-Vivos", só que ao contrário do famoso ´´Drácula´´ que virava morcego tinha ela o poder de se transformar em um lobo ou corvo antes de atacar suas vítimas.

- Crê-se que Morgana como personagem das Lendas Arturianas, considerada uma vilã em algumas versões e aliada de Arthur em outras, seja em verdade inspirada em Morrigan.

- Estudiosos sustentam que Macha era uma divindade de culto nativo na Irlanda bem antes da chegada dos celtas na região, sendo venerada na nos templos de Emain Macha em Ulster. Outros pesquisadores equiparam Macha à deusa asiática Macha Alla ou Machalth (Senhora da Vida e da Morte ) bem como à deusa hindu Durga.

- A irmãs de Morrigan, deusas originalmente, foram posteriormente equiparadas com as Parcas dos mitos gregos, indo em busca dos almas errantes principalmente nos campos de batalha, sendo chamadas assim de "Banshee".

DEUSAS CELTAS

As Deusas Celtas abaixo citadas estão mais detalhadamente descritas de forma individual nesse blog.


Abnoba: Deusa da Floresta negra (Forêt-Noire, Schwarzwald).
Aine: Aine é uma deusa primária da Irlanda, soberana da terra e do sol, associada ao Sostício de Verão, que sobreviveu na forma de uma Fada Rainha. Seu nome significa: prazer, alegria, esplendor. Ela é irmã gêmea de Grian, a Rainha dos Elfos e era também considerada um dos aspectos da Deusa Mãe dos celtas Ana, Anu, Danu ou Don. Juntas Grian e Aine, alternavam-se como Deusas do Sol Crescente e Minguante da Roda do Ano, trocando de lugar a cada solstício.
Os pagãos acreditam que na entrada do Solstício de Verão, todos os Povos pequenos vêm a Terra em grande quantidade, pois é um período de equilíbrio entre Luz e Trevas. Se estiver em paz com eles, acredita-se que, ao ficar de pé no centro de um anel-das-fadas é possível vê-los. É um período excelente para fazer amizade com as fadas e outros seres do gênero.

Rainha dos reinos encantados e mulher do Lado, ela é a Deusa do amor, da fertilidade e do desejo. É filha de Dannann, e esposa e algumas vezes filha de Manannan Mac Liir, e mãe de Earl Gerald. Como feiticeira poderosa, seus símbolos mágicos são "A égua vermelha", plantações férteis, o gado e o ganso selvagem.
Existem duas colinas, perto de Lough Gur, consagradas à Deusa, onde ainda hoje ocorrem ritos em honra a fada Aine. Uma, a três milhas a sudoeste, é chamada Knockaine, em homenagem a esta deusa. Nessa colina possui uma pedra que dá inspiração poética a seus devotos meritórios e a loucura à aqueles que são por Ela rejeitados.
Esta é uma Deusa-Fada que segundo a tradição celta ajudava os viajantes perdidos nos bosques irlandeses. Diziam que para chamá-la bastava bater três vezes no tronco de uma árvore com flores brancas. Sempre que se sentir "perdido", faça o mesmo, chame por Aine batendo três vezes no tronco de uma árvore de flores brancas. Ela não vai tardar em ajudar.
Andrasta: Deusa guerreira. Aparece com a rainha Budica. Tinha um esposo de que foi identificado com Marte (deus da guerra) romano.
Arduina: Deusa de Ardennes. Foi identificada pelos romanos como Diana, a Ártemis grega.
Arianrhod: Ela é a guardiã da "roda de prata" que circunda as estrelas, considerada símbolo do tempo e do carma. É igualmente deusa da reencarnação, da Lua Cheia dos namorados e a Grande mãe Frutuosa.
Arianrhod aparece no Mabinogion, uma coleção de relatos escritos entre o século XI e XIII d.C., como filha do deus Don e mãe dos gêmeos Lleu Llow Gyffes e Dylan.
Esta deusa é a figura primal de poder e autoridade feminina, considerada a Deusa dos Ancestrais Celtas. Vive em um reino estelar, Caer Arianrhod, na constelação Corona Borealis, com suas sacerdotisas e de lá decide o destino dos mortos, carregando-os para a Lua ou para a sua constelação.
É também uma deusa da fertilidade e de tudo que é eterno. O espírito de Arianrhod é símbolo de profecia e sonhos. Ela controla a dimensão do tempo. O viajante que a seguir deve estar com o coração e a mente aberta para seus ensinamentos. Convide-a para ajudar-lhe com dificuldades passadas e para contatar o povo das estrelas.
Na Tradição Avalônica ela corresponde ao elemento Fogo e seu chakra correspondente é o cardíaco. Já na tradição celta esta deusa apresenta três aspectos: donzela, mãe e crone, representando os três estágios da vida de uma mulher.
A Arianrhod é atribuído os poderes da coruja, que através de seus olhos vê o subconsciente da alma humana. A coruja é um pássaro nocturno que simboliza a morte, renovação, sabedoria, a magia da lua e as iniciações.
Armid:Airmid é a Deusa da Cura dos celtas. É filha de Daincecht, avô de Lugh, e possuía quatro irmãos: Miach, Cian, Cethe e Cu.
Lugh foi o guerreiro que tinha uma lança mágica que disparava fogo e rugia e libertou o rei Nuada e os Tuatha Dé Danann das mãos dos Formori, os demônios da noite que tinham um só olho. Nuada perdeu sua mão direita durante um combate e, para que pudesse continuar a ser rei, ele precisava estar inteiro, então, o médico Dianchecht construiu uma maravilhosa prótese de prata, o que rendeu a Nuada o apelido de "Mão de Prata".
A estória da Deusa Airmid inicia-se quando faz uma visita ao castelo do rei Nuada.
Conta-se que os portões do castelo do rei Nuada era guardado por um homem que não tinha um dos olhos e trazia escondido em sua capa um gato. Quando Airmid e seu irmão Miach, em visita ao castelo, apresentaram-se como curandeiros, o tal homem pediu-lhes para reconstituir o olho perdido. Os deusemédicos concordaram e transplantaram o olho do gato para o espaço do olho vazio do porteiro. Entretanto, não tinham como mudar as características do olho do animal. Sendo assim, a noite ele ficava aberto em busca de caça e durante o dia fechava-se exausto. Mas o porteiro ficou muito feliz por ter novamente os dois olhos.

Banba, Eriu e Fodla:Trio de deusas filhas de Fiachna que personificam o Espírito da Irlanda.
Blodeuwedd: Seu nome foi traduzido como "flor branca", sendo representada, muitas vezes, com um lírio branco nas cerimônias de iniciação celtas de Gales. Criada por Math e Gwydion, o Druida, para ser esposa de Lleu, foi transformada em coruja por causa do seu adultério e da conspiração para a morte do marido. Aspecto virginal da Deusa Tríplice dos galeses, Blodeuwed tinha por símbolo uma coruja. Seu domínio é o das flores, sabedoria, mistérios lunares e iniciações.
Boann:Deusa da água e da fertilidade, seu animal sagrado é a vaca branca.
Branwen: Irmã de Bran e esposa do rei irlandês Matholwch. Vênus dos Mares do Norte, filha de Llyr, uma das três matriarcas da Grã-Bretanha. Branwen é chamada Dama do Lago, sendo a deusa do amor e da beleza no panteão galês.
Brigit: Irmã do deus Oengus, o Cupido irlandês, divindade do amor. Brigit é uma deusa tríplice, a menos que haja três irmãs com o mesmo nome. É venerada pelos poetas, ferreiros e pelos médicos. Enquanto deusa das estações do ano, seu culto se celebrava no
primeiro dia de fevereiro, dia do Imbolc, a grande festa de purificação.
Cerridwen / Ceridwen / Caridwen: Deusa da Lua do panteão galês, sendo chamada de Grande Mãe e A Senhora. Deusa da natureza, Cerridwen era esposa do gigante Tegid e mãe de uma linda donzela, Creirwy, e de um feio rapaz, Avagdu. Os bardos galeses chamavam a si mesmos de Cerddorion, filhos de Cerridwen. Há uma lenda que diz que o grande bardo Taliesin, druida da corte do rei Arthur, nascera de Cerridwen e se tornara grande mago após tomar algumas gotas de uma poderosa poção de inspiração que Cerridwen preparava no seu caldeirão. Cerridwen é ainda a deusa da Morte, da fertilidade, da regeneração, da inspiração, magia, astrologia, ervas, poesia, encantamentos e conhecimento.
Cliodna: Deusa da beleza e do Outro mundo, mais tarde se tornou uma Rainha-fada.
Cuchulainn: As aventuras de Cuchulainn (diz-se Cu-hu-lim) constituem a epopéia principal do ciclo heróico de Ulster. Ao nascer, chamava-se Setanta; era filho de Dechtiré, irmã do rei Conchobar, casada com Sualtan, o profeta. Seu pais verdadeiro, porém, era o deus Lug, mito solar dos Tuatha Dê Danann. Foi criado entre os demais filhos dos vassalos e guerreiros do rei. Com sete anos matou o terrível cão de guarda de Culann, chefe dos ferreiros de Ulster; vem daí o nome Cuchulainn, "Cão de Culann". O menino possuia uma força incrível e, quando dominado pela ira, lançava calor intenso e suas feições transformavam-se, pavorosamente. Algum tempo depois de matar o cão, massacrou três guerreiros mágicos gigantes, que tinham desafiado os nobres do Ramo Vermelho (uma milícia ou ordem primitiva de cavaleria de Usler, provavelmente). Depois, mandam-no para Scâthach, a Rainha das Trevas, epônima da ilha Skye, onde conclui sua educação. A feiticeira ensina a ele a arte da magia. Antes de voltar para casa, decide matar uma inimiga de sua professora, a amazona Aiffé, uma mortal. Não só a derrota mas deixa-a grávida. Volta, assim, para Ulster, munido de armas prodigiosas. Pouco tempo passado, se apaixona por Emer (diz-se Avair), filha de Forgall Manach, mágico poderoso. Este não permite o relacionamento; Cuchulainn, então, rapta-a, depois de ter matado toda a guarnição e o pai da moça. Neste período é que as grandes batalhas e aventuras tomam lugar. Dama Branca:Conhecida em todos os países celtas, era identificada como Macha, Rainha dos Mortos, a forma idosa da Deusa. Simbolizava a morte e a destruição. Algumas lendas chamam-na de Banshee, aquela que traz a morte.
Dana: Segundo uma lenda, Dana nasceu em uma Clã de Dançarinos que viviam ao longo do rio Alu. Seu nome foi escolhido por sua avó, Kaila, Sacerdotisa do Clã. Foi ela que sonhou com uma barca carregando seu povo por mares e rios até chegarem em uma ilha, onde deveria construir um Templo, para que a paz e a abundância fossem asseguradas. Ao despertar, Danu relatou seu sonho ao conselho e a grande viagem começou então a ser planejada.
Também conhecida como Danu, é a maior Deusa Mãe da mitologia celta. Seu nome "Dan", significa conhecimento, tendo sido preservada na mitologia galesa como a deusa Don, enquanto que outras fontes equipararam-na à deusa Anu. Na Ibéria, a divindade suprema do panteão celta é considerada a senhora da luz e do fogo. Era ela que garantia a segurança maetrial, a proteção e a justiça. Dana ou Danu também é conhecida por outros nomes: Almha, Becuma, Birog, ou Buan-ann, de acordo com o lugar de seu culto.
O "Anuário da Grande Mãe" de Mirella Faur, nos apresenta o dia 31 de março como o dia de celebrar esta deusa da prosperidade e abundância. Conta ainda, que os celtas neste dia, acreditavam que dava muito azar emprestar ou pegar dinheiro emprestado, por prejudicar os influxos da prosperidade. Uma antiga, mas eficaz simpatia, mandava congelar uma moeda, fazendo um encantamento para proteger os ganhos e evitar os gastos.
Os descendentes da Dana e seu consorte Bilé (Beli) eram conhecidos como os "Tuatha Dé Dannan" (povo da Deusa Dana), uma variação nórdica de Diana, que era adorada em bosques de carvalhos sagrados.O nome "Dana"é derivado da Palavra Céltica Dannuia ou Dannia. É significativo que o rio Danúbio leve seu nome, pois foi no Vale do Danúbio, que a civilização Celta se desenvolveu. A ligação Celta com o vale do rio Danúbio também é expressa em seu nome original. "Os filhos de Danu", ou "Os filhos de Don".
Dana é irmã de Math e seu filho é Gwydion. Sua filha é Arianrhod, que tem dois filhos, Dylan e Llew. Os dois outros filhos de Dana são Gobannon e Nudd.
É certo que Dana deveria ser considerada a Mãe dos Deuses, depois de ter lhes dado seu nome. Há várias interpretações do seu nome, sendo que uma delas é "Terra Molhada" e o mais poética, "Água do Céu".
Danu é uma das Dea Matronae da Irlanda e a Deusa da fertilidade. Seu símbolo mágico é um bastão.
Seu personagem foi cristianizado na figura de Santa Ana, mãe da Virgem Maria, pois sua existência é proveniente de uma antiga divindade indo-européia. Também é conhecida na Índia, como o nome de "Ana Purna" e em Roma toma o nome de "Anna Perenna".
Druantia: Na mitologia britânica, Druantia era a deusa druida do nascimento, sabedoria, morte e metempsicose. É a mãe do alfabeto das árvores irlandês.
Épona: "A Cavaleira" ou "A Amazona". É representada sempre a cavalo, sentada de lado, como as amazonas do século passado; na cabeça tras um diadema; ao seu lado vê-se uma jumenta ou um poldro, que, às vezes, é alimetado pela deusa. Seus atributos eram a cornucópia, uma pátera e frutos. Presidia, também, à fecundidade do solo, fertilizado pelas águas.
Elaine: Na mitologia celta, Elaine (Lily-Maid) era a deusa virgem da beleza e da lua.
Eriu / Erin: Filha do Dagda, Erin era uma das três rainhas dos Tuatha de Dannan da Irlanda.
Flidais: Deusa da floresta, dos bosques e criaturas selvagens do povo irlandês. Viajava numa carruagem puxada por veados e tinha a capacidade de mudar de forma.
Mm: Na mitologia celta, Mm era a deusa do pensamento dos povos independentes do Norte.
Morgana: Morgana representa na lenda arturiana, a figura de uma Deusa Tríplice da morte, da ressureição e do nascimento, incorporando uma jovem e bela donzela, uma vigorosa mãe criadora ou uma bruxa portadora da morte. Sua comunidade consta de um total de nove sacerdotisas (Gliten, Tyrone, Mazoe, Glitonea, Cliten, Thitis, Thetis, Moronoe e Morgana) que, nos tempos romanos, habitavam uma ilha diante das costas da Bretanha. Falam também das nove donzelas que, no submundo galês, vigiam o caldeirão que Artur procura, como pressagiando a procura do Santo Graal. Morgana faz seu debut literário no poema de Godofredo de Monntouth intitulado "Vita Merlini", como feiticeira benigna. Mas sob a pressão religiosa, os autores a convertem em uma irmã bastarda do rei, ambígua, freqüentemente maliciosa, tutelada por Merlim, perturbadora e fonte de problemas.
Nenhum personagem feminino foi tão confusamente descrito e distorcido como Morgana ou Morgan Le Fay. A tradição cristã a apresenta como uma bruxa perversa que seduz seu irmão mais novo, Artur, e dele concebe o filho. Entretanto, nesta época, em outras tribos celtas, como em muitas outras culturas, o sangue real não se misturava e era muito comum casarem irmãos, sem que isso acarretasse o estigma do incesto.
Morgana e Artur tiveram um filho fruto de um Matrimônio Sagrado entre a Deusa (Morgana encarna como Sacerdotisa) e o futuro rei.
O "Matrimônio Sagrado" era um ritual, no qual a vida sexual da mulher era dedicada à própria Deusa através de um ato de prostituição executado no templo. Essas práticas parecem, sob o ponto de vista da nossa experiência puritana, meramente licenciosas. Mas não podemos ignorar que elas faziam parte de uma religião, ou seja, eram um meio de adaptação ao reino interior ou espiritual. Práticas religiosas são baseadas em uma necessidade psicológica. A necessidade interior ou espiritual era aqui projectada no mundo concreto e encontrada através de um ato simbólico Se os rituais de prostituição sagrada fossem examinados sob essa luz, torna-se evidente que todas as mulheres devessem, uma vez na vida, dar-se não a um homem em particular, mas à Deusa, a seu próprio instinto, ao princípio Eros que nela existia. Para a mulher, o significado da experiência devia residir na sua submissão ao instinto, não importando que forma a experiência lhe acontecesse.
Morrigan: Morrigan era a deusa celta da guerra e da morte.
Rhiannon: Grande rainha dos galeses, Rhiannon era a protectora dos cavalos e das aves. Rege os encantamentos, a fertilidade e o submundo. Aparece sempre montando um veloz cavalo branco.
Rosmerta: Na mitologia celta gaulesa, deusa do fogo, calor, prosperidade e abundância.
Scathach / Scota / Scatha / Scath: Seu nome traduzia-se como A Sombra, Aquela que combate o medo. Deusa do submundo, Scath era a deusa da escuridão, aspecto destruidor da Senhora. Mulher guerreira e profetisa que viveu em Albion, na Escócia, e que ensinava artes marciais para os guerreiros que tinham coragem suficiente para treinar com ela, pois era tida como dura e impiedosa. Não foi à toa que o adestramento do herói Cu Chulainn foi levado a cabo por ela mesma, considerada a maior guerreira de toda a Irlanda. Scath era ainda a patrona dos ferreiros, das curas, magia, profecia e artes marciais.
Sulis: Na mitologia celta, deusa de profecia, inspiração, sabedoria e morte.

NOMES DE DEUSAS

Adit (hindu) Mãe de Adytas, Mitra e Varnuak, Aditi significa, literalmente, "livre de laços" . Não há dúvida de que a expressão se refere ao céu infinito, que é o domicílio de seus "filhos": o sol, alua, a noite e o dia. Aditi é o céu, o ar, todos os deuses, as cinco nações, é o passado e o futuro.

Afrodite (grega) Deusa do amor, tanto no que tem de mais nobre quanto de degradado. Na sua origem foi também a Deusa da fertilidade. A lenda conta que é a filha de Zeus e Dione, mas a tradição homérica criou outra história bem mais interessante para seu nascimento: quando Cronos castrou o pai, Urano, jogou seus órgãos genitais no mar. Eles flutuaram, formaram uma espuma branca e dela saiu Afrodite, a essência da beleza feminina.

Amaterasu (japonesa) Deusa do Sol, a lenda conta que Amaterasu nasceu do olho de Izanagi e é adorada tanto como um corpo celestial quanto como divindade espiritual, e também como ancestral da família imperial.

Ambika (hindu) é um aspecto da Deusa Kali. É chamada de "Pequena mãe" e considerada a geradora, localizando-se junto a outras deusas que personificam vários aspectos da divindade. Ambika tem o lado destruidor que aparece em suas batalhas contra os demônios.

Ananke (grega) Chamada também de Necessidade, ela é mãe das Parcas. O Fuso da necessidade repousa em seu colo.

Angeborda (nórdica) Deusa escandinava gigante, tem três filhas: a cobra gigante, a que traz o fim do mundo e a rainha da morte.

Anu (celta) Os deuses celtas na Irlanda são frequentemente chamados de Povo da deusa Danu, mas isso não significa que ela tenha dado à luz todos. A Deusa Anu (ou Ana) era confundida com ela. Anu foi uma antepassada primitiva.

Ariadne (grega) Filha de Minos, Ariadne foi trazida por Teseu para Creta e abandodada. Ela dormiu á beira da água, em Naxos, e, quando acordou e percebeu que Teseu fora embora, pôs-se a chorar. Dionísio a viu, casou-se com ela, pouco depois tiveram três filhos. É ela que conduz os seres humanos através do labirinto.

Arinrhod (britânica) Filha de Don, mãe de Llew, Arianrhod tem o aspecto da Iniciadora.

Artemis (grega) A Caçadora, a princípio era uma divindade agrícola, adorada especialmente na Arcadia. Artemis é deusa da caça e da floresta, seu caráter é lunar e ela é representada como uma jovem virgem.

Astarte (babilónica) Seus ritos envolviam o oferecimento da virgindade das jovens a estranhos. Astarte personificou o mais belo dos corpos celestes, o planeta Vénus. Deusa do amor e da guerra, é raramente mencionada.

Atena (grega) Patrona de Atenas, foi objecto de um culto especial. Adorada como deusa da guerra, das artes, da paz e da inteligência prudente. Nos primórdios de se culto, era venerada como noite de tempestade e tinha um culto meteorológico.

Atropos (grega) Atropos era uma da Moiras (terminologia grega), chamadas de Parcas pelos romanos. Para Homero, representava o destino individual, do qual nenhum mortal escapa. As Parcas eram em número de três e filhas da noite. Era Atropos quem media o fio da vida.


Bagala (hindu) Protectora, ela é uma das Dasa - Mahavidya. Destrói as formas negativas e é representada com cabeça de garça.

Baubo (grega) A energizadora Baubo era conhecida por sua irreverência e maus modos. Quando ofereceu uma bebida especial que tinha preparado para Deméter e esta recusou, fez gestos obscenos para a deusa, que achou muita graça, ao invés de se zangar.

Beltia (babilônica) Era "A Senhora", reinando nos céus. Seus adoradores a exaltavam, dizendo que ela estava acima de todos os deuses e tinha a capacidade de aliviar sofrimentos, dar vida, alegria e prazer.

Bhairavi (hindu) Umas das Dasa-mahavidyas, Bhairavi é outro nome pelo qual Parvati, a personificação do "poder"de Shiva, é conhecida. O nome dessa deusa tem um adendo: a terrível. Ela está sempre ligada ao poder, à destruição e ao sangue, embora tenha aspectos da Preservadora e da Criadora de Tudo.

Bona Dea (romana) Ela é a "A Boa Deusa", patrona dos ritos femininos. Seu culto era administrado pelas vestais virgens e só era frequentado por mulheres.

Brígida (irlandesa) Foi frequentemente confundida e portanto, encarada, como a deusa tripla. Sua adoração difundiu - se mais do que a de Anu e sobreviveu no cristianismo como Santa Brígida (ou Brida). Parece provável que ela tenha sido uma divindade que encarnava o conceito e a figura da deusa-mãe. Brígida era protectora da cura, do artesanato e da poesia.


Cailleach (celta) A deusa céltica tem um aspecto sombrio, o que não a impede de se metamorfosear numa linda mulher quando deseja agradar o homem amado. Mas que ele se acautele, pois ela sempre que o domínio, o poder.

Ceres (romana) Ceres veio da Campanhia, mas seu templo era em Roma. Paradoxalmente, seu templo e ritos eram gregos. Deusa da agricultura, protegia plantações e oferecia fartas colheitas.

Ceridwen (britânica) Na lenda celta, Cerridwen é chamada de A Mulher Sombria do Conhecimento. Tem grande habilidade em mudar de forma e guarda aspectos da Iniciadora e da Tecelã.

Cessair ( irlandesa) é considerada uma antepassada primitiva, tem o aspecto de Preservadora, sua cor é verde e seu símbolo o navio.

Chinnamasta (hindu) Uma das Dasa - Mahavidyas, também Varjayogini, Chinnamasta é Iniciadora, domina o conhecimento tântrico e possui elementos altamente destruidores em seus aspectos.

Cibele ( traciana) Etimologicamente, Cibele é a Deusa das cavernas. Personificava a terra em seu aspecto primitivo e selvagem e era adorada no alto das montanhas. é uma grande mãe, dada sua ligação com o fornecimento do alimento.

Cipactli (mexicana) Criadora, essa deusa mexicana existiu, originalmente, sob a forma de um monstruoso jacaré nadando no espaço. Quando duas serpentes divinas cortaram seu corpo em pedaços, a parte de baixo transformou-se na terra, enquanto a parte de cima, no céu.

Circe (grega) Filha de Helios, foi, mais provavelmente, a deusa do amor aviltado. Circe era muito conhecida por ses feitiços e encantamentos. Casada com o rei dos samarcianos, envenenou seu marido e foi morar numa ilha. Circe tem o aspectos de Tecelã e muda de forma.

Clotho (grega) É uma das Moiras (ou Parcas, segundo os romanos), também responsável pelo destino humano, sendo aquela que fia a Linha da Vida.


Daena (persa) é a desafiadora, com quem as almas dos mortos têm que se encontrar antes de passar pela ponte que definirá se irão para o céu ou para o inferno.

Dakini (tibetano) é chamada de "dançarina do céu" , e considerada a divindade feminina da meditação. A luz do arco-íris é associada à meditação com as dakinis.

Danu (irlandesa) Antepassada primitiva, Danu te os aspectos da Criadora de Tudo, sua cor é o preto e seu símbolo é a Via Láctea. Deusa dos Celtas na Irlanda - os deuses eram chamados de Povo da Deusa Danu, embora ela não tivesse dado à luz todos eles, mas o título mostrava sua força e importância.

Dasha Mahavidyas (hindu) ou as Dez Grandes Sabedorias da Deusa Kali. Podem aparecer sobre terríveis formas.

Deméter (grega) Representava o solo fértil e cultivado. Sua maior importância entre os gregos deveu-se à sua figura de mãe, embora seu carácter original, de mãe terra, tenha sido preservado em certas regiões da Grécia. Mãe de Perséfone, rainha do Mundo Subterrâneo, Deméter estendeu sua influência através da filha. Sempre permaneceu em contacto com os mortais a quem concedeu os benefícios da civilização.

Devi (hindu) Termo hindu para designar "Deusa" .

Dhatisvari (hindu) dakini da "sabedoria cristalina", governadora do oriente e da água.

Dhumavati (hindu) é uma das Dasa-Mahavidyas, e tem o aspecto da Desafiadora.

Diké (grega) é a deusa da justiça e embora um dos mitos contados sobre ela diga que foi exilada na constelação de Virgo, o poeta romano Virgílio manifestou o desejo e a necessidade de sua volta à terra para corrigir as injustiças.

Donzela do Graal (Céltica/Medieval) A portadora do Graal, a que traz alegria.

Donzelas do milho (americanas) As Donzelas do Milho são seis irmãs que dançam para que haja fartura. Fazem parte das lendas dos índios Pueblo, constando como doadoras de grãos e da sabedoria.

Dorje (tibetana) dakini. Ver a deusa Dhatisvari.

Durgha (hindu) Aspecto de Parvati. Durgha é uma das grandes Protectoras da mitologia hindu.

Dzalarhons (índios americanos) É a guardiã dos tesouros terrestres e fica furiosa quando vê a destruição da natureza. Mesmo assim, é Energizadora e Protectora




Eirene: (grega) Filha de Themis e Zeus, é a deusa da justiça.

Ereshkigal (sumeriana) Rainha do mundo subterrâneo.

Erínias (gregas) As Erínias eram as vezes chamadas de "cães do Hades". Eram divindades infernais, cuja missão especial era punir os parricidas e aqueles que violavam seus juramentos. Quando um crime era cometido numa família, apareciam imediatamente, e, por isso, ficaram conhecidas como guardiãs das leis terrenas. As erínias eram tão rigorosas no castigo que perseguiam o criminoso até o mundo subterrâneo, para além, portanto, da própria morte.

Estanelehi (índios americanos) Ver "Mulher transformadora" .

Eumênides (grega) Significa "as bondosas", é um dos nomes usados pelas Enírias.

Eumonia (grega) Significa "a ordem legal" e faz parte do aspecto da Medidora.

Eva (semítica) Eva significa, segundo a escritura hebraica, "a mãe de todos os seres vivos". Ela guarda o aspecto da energizadora.


Freya (nórdica) Irmã do Deus Freyr, ela tem uma rica casa em Asgard, onde recebia heróis derrotados com um incrível banquete. Foi na verdade a primeira das Valquírias e sua suprema comandante. Adorava jóias e enfeites e era considerada a Deusa do amor.


Gaia (grega) Deusa da terra. Seu aspecto é o da criadora.


Hathor (egípcia) Uma espécie de fada, que às vezes aparecia no nascimento de uma criança. Pertencia a um grupo de sete ou até nove jovens e suas predições - às vezes favoráveis e às vezes não - nunca falhava. Hathor é também Mantenedora, Rainha do Mundo Subterrâneo e oferece o encanto.

Hecate (grega) Divindade do Mundo Subterrâneo, Hecate era, em sua origem, uma deusa lunar. Nascida na Trácia parecia-se, de alguns formas, com Artemis. Poderosa no céu e na terra, Hecate dava riqueza, triunfo e sabedoria. Cuidava da prosperidade e da navegação.

Hel (nórdica) Rainha do Mundo Subterrâneo.

Hera (grega) Foi, originalmente, rainha do céu, a virgem celestial. Casada com Zeus, vivia às turras com ele. Presidia todas as fases da existência feminina. Venerada no cume das montanhas, Hera tinha cinco ouseis templos e era representada sentada num trono, com um ceptro na mão direita. Foi considerada a grande patrona das mulheres e rainha dos deuses.

Hestia (grega) A palavra grega "hestia" significa "a terra, o lugar onde a casa e fogo doméstico são mantidos" . A dificuldade que o homem primitivo tinha de encontrar fogo explica porque ela era tão venerada. Além do mais, era em torno da lareira que a família se reunia e sua força era tão grande que, quando um dos memebros ia embora, formar um novo lar, levava consigo um pouco do fogo de Hestia. Posteriormente, quando as cidades começaram a se formar, seu fogo era levado a público, e o costume simbólico foi mantido.

Horae (grega) A palavra grega da qual Horae deriva seu nome significa "um período de tempo que pode ser aplicado igualmente ao ano, às estações do ano e às horas do dia". Estes diferentes significados influenciaram as sucessivas concepções de Horae. Primeiro, foram divindades de carácter meteorológico, encorajando o amadurecimento das frutas e favorecendo a colheita. Depois, passaram a presidir a ordem que havia na natureza, tornou-se, por conseguinte, as guardiãs da natureza, tornando-se, por conseguinte, as guardiãs da natureza e exercendo influência não só física, mas também moral.


Inanna (sumeriana) Deusa do amor, da guerra.

Iris (grega) Mensageira.

Isis (egípcia) Grande Mãe, feiticeira e libertadora.


Kali (hindu) Deusa com os aspectos de Energizadora, criadora e destruidora. Uma das Dasa-Mahavidyas.

Kalwadi (australiana) Figura amplamente importante nos ritos iniciatórios. A grande vocação maternal da Deusa é patente, pois ela presta serviços de babá para engravidar de novo das crianças de quem cuida.

Kamala (hindu) Uma das Dasa-Mahavidyas, A Que Dá Poder.

Kausiki (hindu) Aspecto guerreiro de Kali.

Khando (tibetana) Ver Dakini.

Kurukulla (hindu) é a protectora da sabedoria. Seu aspecto é o da Desafiadora.

Kwan Yin (chinesa/japonesa) Chamada de "Ouvinte das Súplicas", Kwan Yin concede iluminação suprema a seus devotos e promete a libertação deixando os canais mentais livres para novas percepções e a criatividade.


Lachesis (grega) Ela é uma das Moira, irmã de Atropos e a responsável pelo corte do fio da vida.

Lakshmi (hindu) Mulher de Vishnu e exemplo de beleza feminina, Lakshmi ou Sri, como às vezes é chamada, é a deusa da fortuna e da prosperidade. Como tal, segura seu símbolo tradicional, o lótus, numa de suas quatro mãos.

Lekyi (tibetana) Dakini, ver Samaytara.

Leto (grega) Deusa que protege o parto, que dá inspiração.

Levanah (semítica) A fase escura da lua, aspecto da Mediadora. Controla o fluxo e o refluxo das marés.

Lillith (semítica) Primeira mulher de Adão, antes que ele se casasse com Eva. Posteriromente, foi considerada rainha dos dem6onios. Sua personagem é bastante controvertido e totalmente rejeitado em círculo religiosos ortodoxos do Ocidente.

Locana (hindu) Daquini de todo o "espaço abrangente", governante do centro do vácuo.

Luna (romana) A Lua.


Maat (egípcia) é descrita como uma mulher que está de pé ou ajoelhada. Na cabeça, usa uma pena de avestruz, que é um ideograma de seu nome: verdade ou justiça. Era a deusa da lei, verdade e justiça. Filha querida e confidente de Ra esposa de Thot, o juiz dos deuses.

Macha (irlandesa) Deusa que morre de parto e amaldiçoa os homens de Ulster, desejando que eles sintam a fraqueza da mulher ao dar á luz por quatro dias e cinco noites, durante nove gerações. Tem também o aspecto da Mediadora.

Machig Lapdron (tibetana) é uma salvadora, uma xamã.

Maeve (irlandesa) Rainha de Connacht, da guerra e do amor sexual.

Mamaki (hindu) Dakini de "toda a sabedoria enriquecedora", soberana do sul e da terra.

Matangi (hindu) Uma das Dasa-Mahavidyas, a Eneergizadora.

Medusa (grega) Juíza, também guerreira. Este aspecto seu está ligado a Atena.

Mensageira do Graal (Céltica/Medieval) a companheira e desafiadora da Busca.

Metis (grega) "Conselho Prudente".

Minerva (romana) Deusa da Sabedoria.

Mnemosine (grega) Deusa da Memória, mãe das musas, padroeira das recordações.

Modron (britânica) "Mãe",padroeira da sabedoria que foi perdida, recordações.

Moirae (grega) As Moiras eram o correspondente grego de "As Parcas" (o destino) que são as três: Clotho, Lachesis e Atropos.

Morgen (britânica) Também chamada de Morgana, aquela que cura, a que consegue mudar as formas.

Morrighan (irlandesa) Deusa da guerra e também aquela que tira a morte e cura doenças.

Musas (gragas) Irmandade de nove partes de artes, ciências e artesanato. O termo ficou até hoje e, quando um poeta se refere a sua "musa inspiradora", está falando dessa irmandade que se tornou substantivo.


Neith (egípcia) Guardiã dos mistérios escondidos, também apresenta o aspecto de Tecelã.

Nemesis (grega) é a deusa da vingança, da desforra. Para ela, é preciso sempre dar o troc a quem nos faz mal.

Nerthus (germânica) é a mãe terra, mas, ao mesmo tempo, é aquela que tira.


Oxum (nigeriana) Deusa das águas, que refresca e revigora. Faz parte dos cultos afro-brasileiros.

Oya (africana) Simboliza as estações do nao. Como aspecto, traz o da Energizadora.


Pandasravasini (hindu) Dakini de "sabedoria discriminatória", governante do Oeste e do Fogo.

Pandora (grega) Energizadora.

Parcas (grega, romana, nórdica) Título das Moiras e das Nornas.

Parvati (hindu) é também chamada de Shakti. Traz em si o aspecto da energizadora e da tecelã.

Pema (tibetana) Dakini. Ver Pandar-avasini.

Pirra (romana) Ancestral primitiva.


Radha (hindu) Deusa da abundância, do amor, que tem êxtase sensoriais profundos e os favorece.

Ragnell (britânica, medieval) é a entidade que doa a soberania, e tem como aspecto a Desafiadora.

Rhea (grega) é a mãe dos deuses, e seu aspecto é o da Preservadora.

Rhiannon (britânica) Rainha do Mundo Subterrâneo, é aquela que liberta dos fardos.

Rinchen (tibetana) Dakini. Ver Mamaki.


Samaytara (hindu) Daikini de "toda a sabedoira realizada", governante do norte e do ar.

Sarasvati (hindu) deusa das águas, das artes e das ciências.

Sati (hindu) Encarnação de Devi.

Sekhmeti (egípcia) é representada como uma mulher que tem cabeça de leão e está sentada num trono. Casada com Ptah, chamada de "a amada de Ptah", teve um filho com ele, Nefertum. (para saber mais acerca de SEKHMET).

Selene (grega) Lua.

Shakti (hindu) É a energia da Deusa.

Sheila na gig (irlandesa) Mãe no sentido daquela que dá e tira.

Shekinah (semítica) A consorte energizadora de Jeová, criadora, como ele, do mundo e das coisas, numa espécie de comunhão de acções.

Sodashi (hindu) Uma das Dasa-Mahavidyas, Preservadora.

Sofia (grega/gnóstica) Deusa da Sabedoria. Tem o aspecto da Que Dá Poderes.

Soveregnty (céltica) Deusa da Terra. Com o aspecto da Que Dá Poderes.

Surabhi (hindu) É a vaca do espaço cósmica.


Tara (hindu/tibetana) É a deusa compassiva com o homem, aquela que o liberta. É também uma das Dasa-Mahavidyas.

Tellus Mater (romana) Mãe Terra, patrona das mulheres.

Themis (grega) "A uqe é firme". Representa a ordem e traz como aspecto o da Mediadora.

Tiamat (babilonia) A Criadora de Tudo.

Tlazolteotl (asteca) É o coração da terra", a Tecelã, a purificadora.


Ukemochi (japonesa) Criadora de Tudo. Traz também o aspecto da Preservadora.

Uncegila (ínidia americana) Desafiadora, Tecelã.


Vajra-Varahi (tibetana) É a "semente de diamante", a Energizadora.

Varjayogini (tibetana) Também Chinnasta. Traz o aspecto da Libertadora.


Yeshe Tsogyel (tibetana) Aspectos: A Iniciadora, Libertadora e A Que Dá Poderes.


Zoé (gnóstica) Simboliza a vida, e em termos de aspecto traz o da Enegizadora.



(Fonte: Elementos da Deusa - Caitlín Matthews)