domingo, 11 de setembro de 2011

Toda, Rainha de Pamplona

Toda Aznarez (2 de janeiro de 876 - 15 de outubro de 958) foi rainha de Pamplona pelo seu matrimônio com Sancho I de Pamplona. Era filha de Aznar Sánchez de Larraún e Oneca Fortúnez (que eram primos irmãos) e neta de Fortún Garcés (rei de Pamplona).

Tia carnal de Abderramão III, quando o mesmo monarca dirigia uma razia em 934 que tomava rumo ao reino de Pamplona, invocou os seus laços de parentesco para que o califa lhe concedera a paz e afastara-se do seu reino. Abderramão em resposta, impôs que a rainha Toda apresentara-se no acampamento muçulmano como prova de bons propósitos. Toda apresentou-se com o seu séquito em Calahorra, onde estava instalado o califa, que a recebeu com altas honras. Em Calahorra a rainha rendeu vassalagem a Abderramão III e assinou um tratado de não agressão e de colaboração com o califa, que investiu o filho de Toda, Garcia Sanchez I de Pamplona "o Vascon", como rei de Pamplona e os seus distritos. Depois deste tratado entre Toda e o califa, as tropas muçulmanas atravessaram o agora aliado Reino de Pamplona e marcharam contra o Reino de Leão onde assolaram Álava e Castela.

Uma breve notícia de 956 de um monge do mosteiro de Saint Gall nos Alpes bávaros, ao escrever sobre o descalabro muçulmano em 939 da batalha de Simancas e a posterior jornada de Alhándega, atribui a vitória à rainha Toda.

Um eclipse de sol ocorreu ao redor da hora tércia de 19 de julho, o ano quarto do rei Otão, Sexta-Feira, lua 29. O mesmo dia, na região da Galiza, um exército inumerável de sarracenos foi quase aniquilado, menos o seu rei e 49 guerreiros seus, por certa rainha chamada Toda.

Seu neto Sancho I de Leão, filho da sua filha Urraca, não era do agrado dos nobres leoneses e castelhanos. Estes, encabeçados pelo conde Fernão Gonzalez, destronaram-no e nomearam rei a Ordonho IV. Dona Toda ajudou Sancho a pactuar com o califa Abderramão III, o seu sobrinho -neto da sua mãe Oneca- para recuperar o trono.

Teve sete filhos no seu matrimônio com Sancho I:

Urraca de Pamplona, que casaria com Ramiro II de Leão.
Oneca de Pamplona, casada com Afonso IV o Monge de Leão. Foi rainha de Leão entre 926 e 931. Morreu em 931.

Inscrição junto ao sepulcro da rainha Toda.Sancha de Pamplona, casada em primeiras núpcias com Ordonho II de Leão, em segundas com o conde alavês Álvaro Herrameliz e em terceiras, com Fernão Gonzalez, conde de Castela.
Garcia I Sanchez, rei de Pamplona, casado com Andregoto Galindez e com Teresa de Leão.
Velasquita ou Belasquita Sánchez, casada em primeiras núpcias com o conde Múnio Velaz, em segundas com Galindo de Ribagorza e em terceiras com Fortun Galindez.
Múnia (Muña) de Pamplona.
Orbita de Navarra, provavelmente casada com al-Tawil, governador de Huesca. Pôde ser filha póstuma, como faz supor o significado do seu nome, "a órfã".
O sepulcro da rainha Toda, sarcófago de simples compostura, encontra-se no adro do Mosteiro de Suso, mosteiro que na época pertencia ao Reino de Pamplona.