-Ahmose foi uma rainha do Antigo Egito, do XVIII dinastia egípcia, casada com o faraó Tutmés I. Teve uma filha chamada Hatchepsut, mais tarde também raínha. Ahmose era neta da raínha Ahmose-Nefertari e de Amen-hotep I, do Egipto.
-Arsínoe II (316 a.C.-270 a.C.) foi uma rainha da Trácia e depois co-governante do Egito com seu irmão e marido Ptolomeu II Filadelfo.
Arsínoe era filha de Ptolemeu I Sóter, general de Alexandre Magno e fundador da dinastia ptolemaica, e de Berenice I.
Casou pela primeira vez aos dezasseis anos, em 300 a.C., com Lisímaco da Trácia, outro general de Alexandre Magno, a quem ela deu três filhos. Lísimaco divorciou-se da sua primeira esposa para casar com Arsínoe, tendo o casamento servido para fortalecer a aliança entre ele e o pai de Arsínoe. Decidida a favorecer como sucessor um dos seus filhos, Arsínoe convenceu Lísimaco a mandar matar Agátocles, o seu filho do casamento anterior, que foi acusado de traição. Após Lísimaco morrer em batalha em 281 a.C., ela fugiu para Cassandréia, no norte da Grécia, trocando de identidade com a sua serva, a qual vestiu com as suas roupas, tendo esta sido morta no seu lugar.
Arsínoe casou então com seu meio-irmão Ptolomeu Cerauno, que governava a Macedónia e a Trácia. Isto provou ser um grande erro: Ptolomeu Cerauno imediatamente assassinou dois de seus filhos; o terceiro, que tinha aconselhado a mãe a não casar com Ptolemeu, conseguiu escapar para a Ilíria. Arsínoe fugiu novamente, dessa vez para Alexandria, no Egito.
No Egito, ela provavelmente instigou os rumores que levariam ao exílio da primeira esposa de seu irmão, Arsínoe I, acusada de atentar contra a morte do marido. Arsínoe II casou-se então com seu irmão, sendo ambos alcunhados pelos escandalizados gregos com o epíteto "Philadelphoi". Arsínoe II compartilhou todos os títulos de seu irmão e era muito influente, tendo cidades dedicadas a ela, a seu próprio culto (como era de costume egípcio), além de ser representada nas moedas. A rainha administrou as finanças, tendo cortado com determinadas despesas. Aparentemente, ela contribuiu em grandes medidas com a política exterior, incluindo a vitória de Ptolomeu II na Primeira Guerra Síria (274 a.C. - 271 a.C.) entre o Egito e o Império Selêucida no Oriente Médio. Após sua morte Ptolomeu II ficou inconsolável e continuou a se referir a ela em documentos oficiais, assim como manteve a cunhagem de moedas com sua efígie. O rei ordenou também que um sexto do dinheiro das transacções do vinho fosse reservado para o seu culto, que foi associado ao de Afrodite. Conhecem-se templos dedicados à rainha em locais como Mendés, Sais, Mênfis, Faium e Alexandria. Os próprios atenienses fizeram duas estátuas de Arsínoe, tendo sido colocada uma no Ódeon e outra nos Jardins do Mélicon, e o poeta Calímaco chorou a sua morte em duas elegias.
-Arsínoe I (305 a.C.-295 a.C.?) foi rainha do Egito de 284 a.C./281 a.C. a 274 a.C. e primeira esposa de Ptolomeu II Filadelfo.
Arsínoe I era filha de Lisímaco, rei da Trácia. Ela deu à luz três filhos de Ptolomeu II, inclusive a seu sucessor Ptolomeu III Evergeta. Ela se casou com Ptolomeu II em 284 a.C./281 a.C.. Por volta de 274 a.C. ela foi condenada por conspiração contra o faraó e foi exilada do Egito em Coptos, casando-se Ptolomeu II com sua própria irmã Arsínoe II do Egito.
-Arsínoe III Filopator (235 - 204 a.C.) foi uma rainha do Egipto ptolemaico.
Era filha do rei Ptolemeu III Evérgeta I e da rainha Berenice II. Seguindo uma prática egípcia adoptada pela dinastia ptolemaica viria a casar com o seu irmão, o rei Ptolemeu IV Filopator.
Em 217 a.C. o rei selêucida Antíoco III, o Grande invadiu a Palestina, preparando-se para atacar o Egipto. Arsínoe acompanhou o irmão e o exército egípcio no confronto com o exército selêucida que ocorreu em Ráfia em Junho de 217 a.C.. Segundo os relatos, o encorajamento de Arsinoe às tropas muito contribuiu para a vitória do Egipto. Após esta vitória Ptolemeu IV casou com a irmã em Outubro de 217 a.C.. Com o irmão Arsinóe teve um filho, o futuro Ptolemeu V Epifânio nascido 210 a.C.
Porém, Ptolemeu tomou uma amante de nome Agatoclea, uma irmã do ministro Agátocles. Estas duas personalidades muito contribuiram para os excessos do rei, alimentando o seu gosto pela bebida e pelo sexo. Influenciado por Agatoclea, Ptolomeu mandaria assassinar a sua irmã Berenice. Arsínoe opôs-se ao comportamento do marido, mas politicamente nada poderia fazer.
Ptolemeu IV faleceu em 205 a.C. e pouco tempo depois Arsínoe seria assassinada num golpe organizado pelos ministros Agátocles e Sosíbio, tendo o primeiro se declarado regente de Ptolemeu V. Arsínoe foi uma rainha que tinha conquistado simpatias entre o povo, razão pela qual se esperou a entronização do seu filho antes de anunciar a sua morte. Quando a população de Alexandria descobriu que a rainha tinha sido assassinada, gerou-se uma revolta que culminou com a morte dos seus carrascos nas mãos do povo.
-Ah-hotep I foi uma rainha do Antigo Egipto que viveu na época final da XVII dinastia e começo da XVIII, entre cerca de 1590 e 1530 a.C.. O seu nome significa "a Lua está satisfeita".
Trata-se de uma das figuras femininas mais importantes para os soberanos do Império Novo que a olharão como nobre antepassada, à semelhança do que acontecerá com a sua filha, Ahmés-Nefertari. Oriunda de Tebas, era filha de Taá I e da rainha Teticheri.
Foi casada com o seu irmão, Taá II, soberano que faleceu nas batalhas que visavam expulsar os Hicsos do território egípcio, como atestam os ferimentos presentes na sua múmia.
Quando o seu marido faleceu Kamés tornou-se o novo rei. Não se sabe se Kamés era filho de Taá II e de Ah-hotep ou se era irmão de Taá II, posição defendida pelo egiptólogo Claude Vandersleyen. Após a morte de Kamés, o filho de Ah-hotep com Taá, Ahmés, foi proclamado o novo rei. Dada a sua menoridade (teria cinco ou dez anos) a rainha exerceu funções de regente.
O seu filho Ahmés levantou uma estela em sua memória em Karnak, na qual a apresenta como responsável pela pacificação do Alto Egipto e pela submissão dos rebeldes. É provável que a rainha tenha submetido elementos rebeldes que tentariam tomar o poder em Tebas enquanto o seu filho lutava no norte para expulsar os Hicsos.
Ah-hotep foi inumada num túmulo nas colinas de Dra Abu el-Naga, sector ocidental da necrópole de Tebas. A sua múmia foi ali descoberta em 1859 num poço com mais de cinco metros de profundidade por trabalhadores do Serviço de Antiguidades. Os restos da rainha foram perdidos devido ao facto do governador de Qena ter ordenado abrir o sarcófago onde se encontrava a múmia e dela ter retirado as jóias, literalmente reduzindo a múmia a pó.
O egiptógo Auguste Mariette escavou no mesmo ano o túmulo, onde descobriu um tesouro. Entre os vários objectos deste tesouro encontra-se um punhal com lâmina de ouro e um machado com cabo de madeira de cedro laminado a ouro. Também se encontraram três moscas de ouro, uma espécie de condecoração militar da época. Estes três elementos podem sugerir que a rainha liderou tropas.
-Ahmés-Nefertari foi uma rainha do Antigo Egipto, esposa do rei Ahmés, fundador da XVIII Dinastia. O seu nome significa "nascida do deus-Lua, a mais bela das mulheres". Viveu entre 1570 e 1505 a.C. (datas aproximadas).
Pensa-se que nasceu em Tebas. Seria filha de Sekenenré Taa e da rainha Ah-hotep I, sendo assim irmã do seu esposo Ahmés. Outros afirmam que seria apenas meia-irmã.
No ano 18 ou 22 do reinado de Ahmés, a rainha renunciou ao título de "Segundo Servidor de Amon" para passar a receber o título de "Esposa do Deus Amon", a primeira a receber oficialmente este epíteto. Este evento foi gravado numa estela descoberta no templo de Karnak [1]. Na sua qualidade de esposa de Amon, a rainha recebeu uma série de bens como terras, ouro, prata, bronze e trigo que administrava directamente.
O seu nome está também ligado a projectos de exploração mineira do marido, em concreto os relacionados com as pedreiras de calcário de Mênfis e de alabastro em Assiut. Uma estela mostra como o seu esposo procurou a sua aprovação na construção de um cenotáfio dedicado à sua avó Teticheri em Abidos.
Quando o seu marido faleceu tornou-se regente, devido ao facto do seu filho, o futuro Amen-hotep I (Amenófis I), ser demasiado novo. Sobreviveu ao reinado do seu filho, facto que é comprovado pela existência de uma inscrição, já no reinado de Tutmés I, que dá conta da sua morte. A sua múmia foi colocada num túmulo em Dra Abu el-Naga, a oeste de Tebas.
Ahmés-Nefertari e o seu filho Amen-hotep I foram alvo de um culto popular que foi particularmente activo entre os artesãos da aldeia de Deir el-Medina. Ahmés-Nefertari tinha tido a ideia de mandar restaurar túmulos, o que fez com que os artesãos se sentissem gratos para com a rainha.
Várias representações da rainha em túmulos privados, capelas funerárias e templos, mostram-na com a pele negra, o que levou a especulações sobre se Ahmés-Nefertari seria de raça negra. A descoberta da sua múmia e as análises que foram realizadas sobre esta, determinaram que Ahmés-Nefertari não era negra. É possível que o negro das representações pretende-se relacionar a rainha com a ideia da regeneração da alma antes da sua nova vida no Além (no Antigo Egipto, o negro não tinha apenas conotação negativa como sucede actualmente na cultura ocidental, mas também uma conotação positiva).
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sábado, 9 de outubro de 2010
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