sexta-feira, 8 de outubro de 2010

PÍTIA


Sacerdotisa de Delfos (1891), de John Collier; a pítia se inspirava através do pneuma, os vapores que sobem na parte inferior da tela.


A pítia (em grego: Πυθία, transl. Pythía) ou pitonisa era a sacerdotisa do templo de Apolo, em Delfos, Antiga Grécia, situado nas encostas do monte Parnasso. A pítia era amplamente renomada por suas profecias, inspiradas por Apolo, que lhe davam uma importância pouco comum para uma mulher no mundo dominado pelos homens da Grécia Antiga. O oráculo délfico foi fundado no século VIII a.C.,[1] e sua última resposta registrada ocorreu em 393 d.C., quando o imperador romano Teodósio I ordenou que os templos pagãos encerrassem suas operações. Até então o oráculo de Delfos era tido um dos mais prestigiosos e fiáveis oráculos do mundo grego.

O oráculo é uma das instituições religiosas mais bem documentadas do mundo clássico grego. Entre os escritores que o mencionaram estão Heródoto, Tucídides, Eurípides, Sófocles, Platão, Aristóteles, Píndaro, Ésquilo, Xenofonte, Diodoro, Estrabão, Pausânia, Plutarco, Lívio, Justino, Ovídio, Lucano, Juliano, o Apóstata e Clemente de Alexandria.

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O nome 'Pítia' vem de Pytho, o nome original de Delfos na mitologia. Os gregos derivaram este topônimo do verbo pythein (πύθειν, "apodrecer"), utilizado a respeito da decomposição do corpo da monstruosa serpente chamada Píton, depois que ela foi morta por Apolo.

A mitologia grega também apresenta Apolo matando Píton, e dividindo seu corpo em dois, como uma ação necessária para se tornar dono do oráculo de de Delfos[3]. Na mitologia babilônica a morte de Tiamat pelo deus Marduk, que divide seu corpo em dois, é considerada um grande exemplo de como correu a mudança de poder do matriarcado ao patriarcado: "Tiamat, a Deusa Dragão do Caos e das Trevas, é combatida por Marduk, deus da Justiça e da Luz. Isto indica a mudança do matriarcado para o patriarcado que obviamente ocorreu".

Um ponto de vista comum a seu respeito afirmava que a pítia apresentava seus oráculos durante um estado de frenesi causado por vapores que subiam de uma fenda no rochedo sobre o qual o templo havia sido construído, e que ela falava coisas sem sentido que eram transformadas pelos sacerdotes do templo em enigmáticas profecias, preservadas na literatura grega.

Este quadro foi questionado por acadêmicos como Joseph Fontenrose e Lisa Maurizio, que argumentam que as fontes antigas representam de maneira uniforme uma pitonisa que fala de maneira inteligível, e faz profecias com sua própria voz.[6] Investigações geológicas recentes mostraram que emissões de gás vindas de uma fenda geológica no solo local poderiam estar relacionadas ao oráculo de Delfos; alguns pesquisadores sugeriram a possibilidade de que o gás etileno causasse o estado de 'inspiração' da pítia. Outros argumentaram que o gás expelido poderia ser o metano, ou CO2 e sulfeto de hidrogênio (H2S), e que a fenda em si seria resultado de uma ruptura sísmica no solo.

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